procura aqui pra ver se acha!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lá vem mais uma tropa.... mas Federal...

'Federal' estreia hoje nos cinemas e retrata a corrupção policial






Enfrentar o câncer da corrupção policial não é exclusividade do Capitão Nascimento (Wagner Moura) em ‘Tropa de Elite 2’. O diretor Erik de Castro abordou o tema, em outra esfera da corporação, em ‘Federal’, que estreia hoje.




A turma de policiais honestos e atormentados é bem representada por Selton Mello (Dani) e Carlos Alberto Ricelli (Vital). Eles vivem, respectivamente, agente e chefe do grupo de elite da Polícia Federal, em Brasília, que investiga a ação de narcotraficante, vivido pelo ator americano Michael Madsen. Coube a Miss Colômbia, Carolina Gómez, o papel de gostosa da trama, e ao cantor Eduardo Dussek, a missão de hipnotizar o público com sua convicente atuação como traficante. As ótimas cenas de ação também valem o ingresso.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uma opinião... e um desabafo....

  O que realmente importa?

Nome?
Estilo?
Presença?

O que você acha fundamental para uma banda fazer sucesso?

Hoje o sucesso é algo relativo, você que possui uma banda, que tem anos de estrada e dedicação, que sabe que seu trabalho é bom e mesmo assim não é reconhecido como deveria, provavelmente fica muito puto ao ver bandas como essas que surgem a cada dia e convenhamos, você sabe que faz muiiiiiiiiito melhor! (para evitar xingamentos desnecessários)
Um exemplo muito claro e atual disso é a moda "Colorida"... Gente que porra coisa ruim, como pode alguém achar aquilo bom, digno de shows lotados e crianças chorando por sei lá, um show!




Em que mundo estamos?

Talvez seja só eu, talvez você não goste do post, discorde ou sei lá o que... Eu não ligo, eu preciso desabafar.. Alguém já ouviu aquilo ao vivo? Alguém da valor ainda pra qualidade musical?

Enfim, acho que me exaltei aqui e acabei desvirtuando o post

Vamos ao que interessa, você tem uma banda -  uma banda boa - e não sabe porquê ainda não foi reconhecido, visto, sei lá, o por que não alcançou seu sonho...

Vamos as dicas, talvez sua banda se encaixe em alguma:

Evite "estilo" demais, cara, você ainda não é famoso e o cenário brasileiro não precisa de mais uma Fresno, mais um Cine ou Restart
Seja você o mais original possível
Tenha um bom trabalho pra divulgação e faça bom uso da web
Youtube, twitter, orkut, etc...
Ensaie muito, não espere um show para marcar um ensaio... o entrosamento na banda é fundamental
Estude, estude, estude, estude... e não desista!

Com certeza você vai precisar de muita sorte também, mas tem alguns itens que é bom parar para pensar

Ao menos que você seja rico e/ou filho do Fabio Jr.


(desculpe pelo momento desabafo, não leve a sério este post)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Somos tão Jovens........ nos cinemas em 2011

Filme sobre Renato Russo deverá
chegar aos cinemas até o fim do ano

Longa mostra o saudoso roqueiro antes de sua fama nacional

Milton Michida/17-06-1994/AE
 
Para os fãs da banda Legião Urbana, 2010 é um ano especial. O último show do grupo aconteceu há exatamente 15 anos. A apresentação rolou no palco do Reggae Night, em Santos (SP). A performance de Renato Russo (vocalista), Dado Villa-Lobos (guitarrista) e Marcelo Bonfá (baterista) durou 45 minutos e fez parte da turnê de divulgação do disco O Descobrimento do Brasil. Além disso, Renato completaria 50 anos no próximo dia 27 de março.

Num período com duas datas comemorativas tão importantes, o que esperar mais? Bom, até o final do ano, o filme que conta uma parte da história do cantor da Legião Urbana, Somos Tão Jovens, deve chegar aos cinemas. Quem garante isso é o corroteirista do longa Luiz Borges. Amigo de Renato desde a adolescência, Borges começou a desenvolver o projeto após a morte do compositor, em 1996.

- As filmagens devem se iniciar em março e o lançamento está previsto para depois da Copa do Mundo. Ainda estamos em fase de captação, mas já temos o dinheiro necessário para começarmos a rodar. Somos Tão Jovens mostra o Renato adolescente, o Renato do Aborto Elétrico [banda punk brasiliense do final da década de 70], o Renato Trovador Urbano [projeto solo do músico em que ele saía com um violão tocando nos bares de Brasília] e finalmente o Renato no começo da Legião Urbana. Nesse ponto, o filme acaba.

Borges afirma que essa fase da vida do artista é importante e rica.

- Foi nesse período que o Renato escreveu sucessos como Que País É Esse?, Eduardo e Monica e Geração Coca-Cola.

Por enquanto, o longa conta apenas com os atores globais Thiago Mendonça e Bianca Comparato. Mendonça dará vida ao vocalista da Legião e Comparato, à irmã do músico, Carmem Teresa. O restante do elenco ainda não foi definido.

A mãe de Renato Russo, Maria do Carmo Manfredini, a Dona Carminha, já deu o seu aval ao projeto.

- Tudo o que lembra o Renato é bom. Eu, como mãe, gostaria de tê-lo aqui comigo. Para mim, a ausência dele é muito faltosa. No entanto, ele deixou um belo legado e até hoje é reconhecido por isso. 

Thiago Mendonça será Renato Russo em Religião Urbana
O ator Thiago Mendonça interpretará o cantor Renato Russo no filme ,que será dirigido pelo diretor Antonio Carlos Fontoura.
Fazendo laboratório para composição do personagem, Thiago viajou a Brasília e conheceu a mãe do líder da Legião Urbana. ”A mãe dele, dona Carminha, me recebeu no colo”, contou.
Fontoura ainda afirmou que não vai fugir de temas polêmicos como a homossexualidade e o uso de drogas. “O Renato é um personagem cheio de contradições. Nenhum tema está embargado, vamos tocar em todos os assuntos que fazem dele um grande personagem”.

domingo, 10 de outubro de 2010

A derrota do Rock Brasil....

OS 10 PIORES DISCOS DO ROCK NACIONAL DE TODOS OS TEMPOS
Acoustic Live, Paulo Ricardo (2005)
Paulo Ricardo é o PFL do rock nacional. Sempre indo com a onda, virando de casaca para faturar um qualquer. Não, não. Paulo Ricardo é o João Kleber do rock nacional. Quando se acha que o sujeito chegou ao fundo do poço, ele dá um jeito de se enlamear mais ainda. Se o ex-líder do RPM (ou atual? Ainda existe?) morresse no instante em que estas linhas são digitadas, ler-se-ia em seu obituário: "O homem que já foi o popstar mais famoso do Brasil deixa à posteridade um disco de covers-do-cover". Sim, pois em Acoustic Live a nova aspiração do moço é virar Emmerson Nogueira, atingindo o que no vernáculo shakespeariano poderia se chamar de *the lowest ebb ever*. Ele suga duas tendências mercadológicas (nunca artísticas) que já deram o que tinham de dar: a moda dos unpluggeds e a mania de covers de sucessos gringos em versões semi-musak. Para escolher seu repertório, PR deve ter passado umas horas escutando rádios FMs de consultório dentário, saindo-se com uma renca de ecléticas obviedades. Tem rock! Tem r'n'b! Tem baladas! Tem...reggae?! Tem… Jack Johnson?!?!? Tem... James Taylor?!?!??!?!?!? Tem Corcovado, de Tom Jobim, com letra em inglês, a qual o Paulo Ricardo só deve ter ouvido na abertura daquela novela da Globo. Agora, indispensável mesmo é o DVD, que se encerra com PR, suado, peito cabeludo arfante qual um Fábio Jr., sambando (sentado!) ao cantar Kiss, do Prince. Seu defeito, Paulo Ricardo, é não saber parar.
Admirável Chip Novo, Pitty (2003)
No meio do caminho entre a troglodice de Chorão e a alma sensível de Marcelo Camelo, há Pitty. A baiana é o mínimo denominador do rock brasileiro nos anos 2000, e isso não é um elogio. Montada em uma filosofia (sic) que reempacota todos os clichês possíveis de "atitude" rrrrrrroquenrrrrrrrrrrollllll - e uma suspeitíssima amizade com a mídia - Pitty tornou-se, para o mal e para o mal, a cara pública do rock nacional. E seu credo, seu Novo Testamento é Admirável Chip Novo. "Admirável" mesmo é como a jovem diz ser influenciada por Aldous Huxley (e escreve letras crivadas de lugares-comuns) e bandas como Mars Volta e Muse (mas faz o mais genérico dos rocks pseudo-pesados). O som entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas junto às letras e ao papo furado que ela deita nas entrevistas, tudo forma um conjunto constrangedor e até nocivo para a molecada. "Veja tudo como se não houvesse amanhã". "O homem é o lobo do homem". "Não deixe nada pra depois". "Quem não tem teto de vidro atire a primeira pedra". "Eu possuo muitas coisas e nada disso me possui". "O importante é ser você". Um tosco Lair Ribeiro para adolescentes revoltados, embalado nas doces facilidades do jabá e da MTV. Seu rock estéril e sua rebeldia sem objetivo só se "justificam", perversamente, pela total convicção com que vêm ao mundo. O mais grave é que ela realmente acredita naquilo que canta. Em resumo: "Rebellion (Lies)".

Os Invisíveis, Ultraje a Rigor (2002)
Maior desperdício de talento já registrado em acetato, e não é de Roger que estamos falando. Um dos melhores bateras dessa terra e um baixista carismático e de carreira considerável jogados numa tentativa de surf music clichê alternada com gracejos "irreverentes". Para resumir: há uma faixa boa, Miss Simpatia, mas essa foi assinada por Gabriel Thomaz - que por sinal começou a escrever muita bobagem depois. Seria a falta de criatividade de Roger contagiosa? O resto inclui aulas de como se fazer um não-ska (I'm Sorry), pop de retardado (Me Dá um Olá, que nem na trilha de Malhação emplacou) e pastiche da paródia de subcópia (Todo Mundo Gosta de Mim). Bacalhau (bateria) e Mingau (baixo) devem ser muito camaradas do Roger, pois nem a necessidade de pagar as contas justificaria eles se meterem numa embrulhada como essa, que acusa logo na primeira canção: "esse disco está uma merda / desculpe, mas tenho que sobreviver". Pelo menos, é uma obra sincera.

80, Biquíni Cavadão (2001)
Primeiro foi Paulo Ricardo, com o mediano Rock Popular Brasileiro em 1996. Depois tivemos, quase que simultaneamente, os ótimos Isso é Amor, do Ira!, O Barulho dos Inocentes, do Inocentes, e o fraquinho As 10 Mais, do Titãs, que ganhou destaque nas listas pessoais de piores do rock nacional. Porém, foi nessa onda de discos de covers que o Biquíni Cavadão resolveu enfiar as mãos nos anos 80 e sair de lá com 13 versões. O resultado é frustrante. O Biquíni pouco acerta em 80, cujo capa poderia até sugerir que eles são tão bons moços que ousam ultrapassar o limite de velocidade. Ao todo, a banda consegue descaracterizar boas canções como Toda Forma de Poder, dos Engenheiros do Hawaii, Juvenília, do RPM e Camila, Camila, do Nenhum de Nós. Chegam a incomodar em Quem Me Olha Só (um bluezaço deArnaldo Antunes e Frejat na versão original do Barão Vermelho) e Hoje do Camisa de Vênus. E nem mesmo a participação da Penélope Érika Martins salva a regravação da boa Educação Sentimental II, do Kid Abelha (aquela que no original "empresta" toda introdução de baixo de London Calling dos ingleses do Clash). Seja mantendo os arranjos originais, seja tentando novos arranjos, o resultado fica aquém do esperado. Das 13 faixas, apenas Armadilha, dos candangos da Finis Africae, convence. E não precisavam ter regravado Me Chama (até João Gilberto gravou). O ponto mais baixo acontece quando a banda decide jogar a voz de Renato Russo a frente na regravação de Múmias (do próprio Biquíni), tornando o resultado leviano. Não bastasse o artifício, o rap piegas de Suave, do grupo Jigaboo, no meio da canção, ainda diz: "Aproveitando nossa liberdade de expressão, Renato Russo, Suave e o Biquíni Cavadão". Pára tudo, pára tudo, pára tudo.

Puro Êxtase, Barão Vermelho (1997)
Barão Vermelho e modernidade nunca se deram bem. E isso não é algo totalmente reprovável, uma vez que a banda de Frejat e companhia sempre admitiu e chamou pra si um ar retrô intencional, calcando seu som na repetição de clichês melódicos do rock tradicional stoniano ou de qualquer outra banda dos 70's. Portanto foi um pequeno rebuliço quando anunciaram que gravariam um disco com influências de música eletrônica, o tal techno, que, de estilo musical dos 90, serviu para muita gente decadente ou sem criatividade se revestir de "muderno". Era simples, não precisava ser bom ou tocar qualquer coisa. O Barão chamou o DJ Memê, que dera um upgrade em Lulu Santos três anos antes. O resultado é caótico, pois o disco evidentemente não é techno. Apenas mais um disco do Barão Vermelho, só que sem as guitarras de Frejat e Fernando Magalhães, substituidas em sua maioria, por blips e toins sem sentido. O mais irritante do disco é justamente esse meio do caminho estético. Ele não cumpre o que promete - mudar a cara das músicas da banda - e não admite que deveria ter ficado no velho som de sempre. O mais estranho disso tudo é que o disco gerou dois grandes hits para a banda, talvez seus últimos, Puro Êxtase e a balada Por Você. Claro que a banda deixou de lado o formato deste disco e passou a executar as músicas em versões condizentes com sua velha fórmula, sem que o público notasse grandes diferenças. Enfim, Puro Êxtase, o disco, é um trabalho daqueles que toda banda se arrepende de ter feito e prefere desconversar sobre suas consequências. A maior delas, a idéia de Frejat gravar um disco solo e uma crise criativa que inseriu o Barão na desconfortável situação de banda que vive de passado. Não que não fosse já assim antes.

Equilíbrio Distante, Renato Russo (1995)
Em 1995, Renato Russo, tentando manter longe o baixo astral da AIDS, resolveu ir atrás das origens do seu lado Manfredini, e gravar um disco só com músicas italianas - um ano antes lançara The Stonewall Celebration Concert, em inglês, um tanto irregular, mas com algumas coisas boas. Para isso, foi até a Itália pesquisar composições para gravar. Voltou com um repertório pronto; só que de músicas românticas... como se um gringo resolvesse gravar música brasileira e escolhesse coisas de José Augusto e Fábio Jr. Os carros-chefes de Equilíbrio Distante, por exemplo, eram dois hits da breguíssima Laura Pausini (em voga por aqui na época): Strani Amori e La Solitudine. Todas as músicas do disco seguem a constrangedora linha "diabéticos, mantenham distância". Há também uma versão - em italiano - esquecível de Como Uma Onda, de Lulu Santos. Como não bastasse a pieguice das músicas, Equilíbrio Distante peca ainda pela presença do abjeto tecladista Carlos Trilha, arranjador medíocre, fã de sons "atmosféricos" e, pior, das cordas tocadas no teclado. Se for para colocar cordas, que seja com músicos de verdade, ora. Para nossa sorte, Renato recuperou a moral no ano seguinte, com o belíssimo A Tempestade ou o Livro dos Dias (e morreu pouco depois). Porém, Laura Pausini não pode, Laura Pausini não dá, mio amico.

Música Calma Para Pessoas Nervosas - Ira! (1993)
No ano de 93, o Ira! entrou numa espiral de brigas internas e fracasso contínuo, onde uma coisa levava a outra, e assim continuamente. Com os quatro integrantes de saco cheio e loucos para acabar com tudo, a banda lançou esse lastimável disco para cumprir um contrato, comprovando que o fim da burocracia é sempre o mesmo: merda. Sendo fã da banda e estando cheio de boa vontade, dá para livrar a cara da sub-Kinks Campos, Praias e Paixões. Com muita magnanimidade, dá para dizer que She Smiled Sweetly (cover dos Stones) é passável e que o riff de Arrastão não faria feio num disco do Golpe de Estado. Ou seja, isso é o mais do elogio que o disco permite. Guitarras no piloto automático, execuções frouxas, letras constrangedoras e coisas francamente patéticas como Fado De Minh'Alma e a versão musicada de um velho texto de Raul Seixas, Pai Nosso da Terra. Nem o encarte colaborou: não bastando a capa horrível, ainda trazia a inolvidável grafia "nenhuma vida descança (sic!) em paz/ O homem é esperto mas a morte é mais". Título da última faixa: U.T.I., provavelmente o único lugar onde encontrar alguém que ouça esse disco.

Titanomaquia, Titãs (1993)
A incursão dos Titãs pelo rock pesado, ensaiada em Tudo Ao Mesmo Tempo Agora (1991), ganhou tons definitivos quando a banda convidou Jack Endino, produtor de Bleach (Nirvana e sua herança nefasta...) para trabalhar em Titanomaquia (1993). Até hoje não deu para entender se o disco é uma piada proposital ou uma obra à frente do seu tempo. O que dizer de pérolas como Felizes São os Peixes (cuja letra consiste em "tanto faz/é igual/felizes são os peixes"), Nem Sempre Se Pode Ser Deus ("nem sempre se pode ser Deus/por isso que estou gritando"), e o hit Será Que é Isso Que eu Necessito ("Não sei o que você quer/nem do que você gosta/não sei qual é o problema/qual é o problema seu bosta")? Na parte musical, arremedos de Sepultura circa Beneath The Remains (Estados Alterados da Mente), um Soundgarden hardcore (Agonizando) e Alice In Chains (A Verdadeira Mary Poppins, com os auto-explicativos versos "eu sei que estou fedendo/eu sei que estou apodrecendo"). Só se salva a boa Hereditário - única cantada por Nando Reis, redimindo-se do "amor, eu quero te ver cagar" de Tudo Ao Mesmo Tempo Agora. Aliás, justiça seja feita: a produção de Jack Endino é excelente. Poucas vezes guitarras soaram tão potentes em um álbum nacional. Só que uma produção sozinha não salva um disco. O próprio Endino devia saber disso, já que - reza a lenda - ao ser convidado para produzir o disco seguinte da banda, Domingo, Jack respondeu que aceitaria. Desde que eles parassem com esse negócio de fazer rock pesado. A capa original é essa em destaque, embora na época o disco tenha sido vendido embalado em um saco plástico preto... de lixo.

Big Bang, Paralamas Do Sucesso (1989)
Este é o pior disco já feito pelos Paralamas, apesar de contar com duas boas músicas, Pólvora e Perplexo. E é seu pior disco por um motivo muito simples. Ele encerra um ciclo, inaugurado em Selvagem?, de 1986. Ali os PDS conseguiram uma alquimia poderosa entre o som enguitarrado, letras relevantes e uma pitada de Brasil Grande, aquela coisa de misturar o "que é nosso" com o "que vem de fora". Depois de um pequeno intervalo para tocar no Festival de Montreux de 1987 e gravar outro disco na mesma trilha tropical de Selvagem?, Bora Bora, de 1988, a fórmula esgotou. E foi Big Bang que levou a pior nessa seqüência. Ainda há ecos de axé music pelo disco, fruto da época em que coisas como a Lambada estavam na ordem do dia. Portanto, temos uma cover de Jubiabá, de Gerônimo, um dos expoentes da axé music inicial (se é que se pode falar isso). As próprias composições da banda caem num poço sem fim, exemplo de Nebolosa do Amor, Esqueça O Que Disseram Sobre O Amor e da insuportável Lanterna Dos Afogados, que se tornou o maior hit do disco. Todas com muitos metais caribenhos, como se você estivesse numa celebração torta de musica caliente e sem alma. Depois desse trabalho a banda se perderia mais ainda em Os Grãos (1991), disco em que abraçou a MPB dos anos 70, mas que serviu para zerar o caminho até então, abrindo as portas para uma bela retomada em Severino (1994). Este Big Bang, infelizmente, não passou de uma pequena bombinha de São João. Fraco, pouco inspirado, desorientado e vitimado por péssimas influências.

Você Não Precisa Entender, Capital Inicial (1988)
Após uma estréia cheia de hits clássicos (Música Urbana, Psicopata, Fátima) e um segundo álbum feito às pressas, mas que ainda rendeu um indiscutível sucesso (a excelente Independência), o Capital chegou ao terceiro disco completamente perdido. Afundados em drogas, a banda deixou o controle do álbum para Bozo Barreti, que havia produzido a estréia e sido incorporado à banda em Independência (1987). Com as mãos no volante, o tecladista enfia o álbum no primeiro poste que vê. Nem Marcelo Sussekind, que assina a produção, consegue salvar o Capital Inicial do fiasco. Você Não Precisa Entender é o pior disco do grupo, quiça, um dos piores do rock brasileiro. Esbanjando arranjos tecnofunk, o álbum só tem uns vinte segundos interessantes, em A Portas Fechadas quando, sob uma cama de teclados, Dinho canta: "Meu último desejo / Seu beijo / Seu beijo / Meu último desejo / À luz da lua / Testemunha de um amor / Que com o vento flutua / Sopra-nos a brisa / Lua nua". De resto, uma baladinha normal (Fogo), um funk de branco azedo com lema punk (Pedra na Mão) e muitas bobagens (Blecaute, Movimento, Limite). Não bastasse estragar o repertório original, a banda joga no lixo uma das melhores letras de Renato Russo: Ficção Científica permite que Russo viaje em citações malucas: "Hoje à noite / Flash Gordon / Vai tentar ser / Barbarella / Para ver se aprisiona / O Albert Einstein". No final, um perfeito retrato a lá Star Wars: "Revolução!! / em selvas tropicais / Raio laser mata índios / Descoberta o novo mundo envelheceu". É, não deu para entender mesmo.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Esse é o cara ! Rogério Batalha...( hi... rimou...)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Release

Rogério Batalha, poeta e letrista, natural de Miguel Couto e curtido na Penha e arredores, publicou seu primeiro livro em 1998, o independente "Malícia", com contracapa assinada por Waly Salomão. O poema que dá título à obra foi musicado pelo compositor Moacyr Luz, que se torna seu amigo e parceiro constante.Em 2000, sai o também independente "Bazar barato", com texto de contracapa assinado por Antonio Cícero. No mesmo ano, Rogério Batalha foi convidado para participar do recital poético de Waly Salomão "Esta noite se improvisa", desenvolvido nas Lonas Culturais João Bosco e Hermeto Pascoal, ao lado de Jorge Salomão, Afroreggae e outros.Em 2002, Rogério Batalha lançou mais um livro de poesia, "Melaço", prefaciado por Ricardo Oiticica.No ano seguinte, proferiu palestra sobre o livro "Melaço" na I Bienal do Livro da Cidade de Nova Iguaçu. Também em 2003, apresentou-se no projeto "Poesia simplesmente", realizado no teatro Gláucio Gil.No ano de 2004, juntamente com Alexandre Faria e Oswaldo Martins, participou de um debate sobre a poética de Ferreira Gullar, o qual esteve presente ao evento realizado na Lona Cultural Terra.Em 2005, participou de debate sobre poética e contemporaneidade realizado na Universidade Estácio de Sá (RJ), ao lado de Francisco Bosco, Luiz Fernando Medeiros de Carvalho e Oswaldo Martins. Nesse mesmo ano, lançou o livro "Anfíbio" (Armazém Digital), contendo poemas musicados por Moacyr Luz ("Malícia" e "Baluarte") e Paulinho Lêmos ("Aliás" e "Coração estopim"), as duas últimas registradas pelo parceiro no CD "Paulinho Lêmos" (New Mood Jazz, 2005).Em 2008, frequenta o Encontro de Compositores promovido pelo Centro de Referência da Música Carioca, onde canções suas são apresentadas por parceiros como os violonistas Rogério Lopes e Dú Basconça.No mesmo ano proferiu palestras na UFJF sobre a poética da canção popular brasileira, juntamente com Alexandre Faria e Oswaldo Martins, além de ter as musicas (“Bem cotado, “Cinzanta manhã” e “Caroço”) registras pelo parceiro Dú Basconça, no cd Ah Bangu.Em 2009, une-se a Moacyr Luz e à cantora e compositora Roberta Nistra, da nova geração do samba da Lapa, fazendo as letras para várias canções de temática afro-religiosa, que são gravadas com vistas a um cd.

Rogério Batalha é poeta. Desconhecido, vem editando seus livros quase que marginalmente. Madureira, Cascadura e Penha (mas não só) são os territórios por onde circula. Pertence, com mais propriedade diria que pertenceria, como quer certa inteligência nacional, a uma das metades da cidade partida. Tem lançados e postos em circulação dois livros: Melaço e Anfíbios. No primeiro, Batalha escreve um belo poema, marcado pelo impacto da chacina de Vigário Geral e pelo que tal chacina provocou, com o surgimento do movimento Afroreggae.
“Sagacidade é saber farejar delícias”. Emblemático e diferenciador, o verso, com que abre o poema, serve de mote para a constituição das diversas diferenças que anoto em sua escrita. Ao contrário do que propõe a partitiva inteligência, acerca da divisão da cidade, o que se verifica na poesia de Batalha se constrói a partir do amálgama das diversidades, de modo surpreendente.
Se a visão da cidade partida cinde a percepção do olhar sobre as manifestações culturais do espaço urbano; se, no além túnel, a arte recebe a chancela do popular; se a inteligência brasileira tem a necessidade de “gostar” de tal arte, muita coisa se perde e em várias sentidos. Deste logo, o rótulo arte popular, arte do subúrbio, arte das favelas esconde uma dignificação exatamente daquilo que não é popular e empurra o julgamento do popular para uma aceitação acrítica. É inaceitável que tal aceitação acrítica se transforme em moeda de troca, ou, com maior crueldade ainda, em uma estética própria, localista, como se um redivivo regionalismo (re) fundasse a arte como expressão sociológica, como arte de combate – ou coisa que o valha –, distanciada das questões estéticas. São diversos os livros e também as músicas que simplesmente se exaltam por esta expressão localista. Não tem sentido, por exemplo, exaltar toda e qualquer arte naïf por ser arte naïf. Há uma grande arte naïf e há também uma horrorosa arte naïf. Há os belos quadros de Nelson Sargento e há aqueles dos retratistas de rua. Não basta, portanto, pertencer ao conceito popular/naïf para que a manifestação artística se torne aceitável.
Batalha tem a vantagem de saber disto. Sua poesia, embora fortemente enraizada, busca outra percepção, outro diálogo. Não se aceita como representante estanque do localismo, nem do ferrolho – imposto pelos que “gostam” da arte popular – de uma poesia frágil, porém bacana. Senão, leia-se em Melaço:
Os cambaus, esse mundaréu é meu!
Perebento e muquirana é a mãe!
Eu não sou do seu naipe!
Eu tenho gogó mermão!
Anchova é o caralho!
Eu sou é enchova de dentes afiados!
Sutilezas. Cambaus – peça triangular que se põe no pescoço das cabras para evitar que pulem as cercas. Anchova/enchova – a cerca lingüística ultrapassada pela significação mínima ao nível da expressão. A relativa abertura da medial /ã/ reescrita pela nasalização entre dentes, realiza, com uma concisão de miniaturista, o que o poema anuncia no plano semântico – a quebra das fronteiras. E a ela acrescenta não só a auto-noemação, enchova, como também a rejeição à nomeação que, de fora, tentam lhe impor, anchova.
A partir desta dupla significação, o poeta mostra os dentes afiados, se acrescenta em força e qualidade e requer para si a vasta possibilidade da sagacidade:
Podre podre
Presidiário
Podre podre
Crucificado
Podre podre
Amortalhado
Podre podre
Desumanizado
Podre podre
Torturado
Podre podre
Entulhado
Podre podre
Desovado
E mesmo assim, Afroreggae.
Atentem para o “e mesmo assim”
Rogéio batalha é um amigo de infância...o cara era um tremendo revoltado quando era menor e todos na rua juravam que ali estava mais um candidato a marginal....mesmo assim , Rogério sempre mateve sua sanidade guardada em algum lugar desconhecido , guardada para ser usada em um momento mais propício. Por um tempo o cara foi selvagem , seco , rígido....mas o tempo é mestre das coisas...e como é.
Fiz letras de música com ele , já dividi o palco com ele em shows do Atormentando a Nação ( eu como baterista e ele como tecladista  ele era o ray Manzarek da banda ! ) Foram , momentos bons... muito bons.
Com 2 livros ( acho que são 2 ) lançados de poesia ,  uma carreira promissora de letrista e poeta , Rogério batalha não é apenas mais um nome em relação a outros... é o nome que se deve guardar para que quando realmente explodir , sentir o orgulho que hoje eu sinto. "Caraca... eu conheço ( ou ouvir falar ) esse cara.
é isso Bathalha...siga sempre em frente... e me orgulho de monte dizer que te conheço e que passamos coisas muito legais juntos...Boa sorte !

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Exercício pra saber seu preconceito....


Bom ... em primeiro lugar gostaria de justificar essa matéria....

Venho encontrando várias formas de musica... não sou preso ao rock... isso pra mim é uma estupidez.... venho olhando novas tendências... mas sou fã de rock... então o que eu escuto que  parece com isso acaba me agradando.... mesmo assim avalio um monte de coisas.... vocal , intrumental , tendências... um monte de coisas.... mas sou totalmente desprovido de preconceitos , escuto forró pagode ( bom... nem tanto...) , jazz, blues... qualquer coisa... como sei que muita gente do meu Blog Curte rock , tento aproximar as coisdas e tentar convencer que tem vida do lado de fora....tem coisa legal pra se ouvir fora do rock....

Bom... agora vamos para a matéria....

Gostaria que vocês que estão lendo isso fizesse um exercício... fechem os olhos e coloquem esse clip pra tocar....


imaginem essa musica na voz do Marcelo Camelo dos Los Hermanos....ou dos cara do Restart... ou do Hori ... ou do Forfun ou sei lá... dessas bandinhas...pois é... é isso que quero que entendam....isso cara... é Guilherme e Santiago , uma dupla sertaneja de longa estrada... os caras são cascudos a beça.... mas o som deles lembra muito o rock gostoso , com violões etc....os vocais são muito bem colocados , o isntrumental impecável....fico pensando....e com muita felicidade... o Rock ainda é base pra muita coisa.... esse é o tipo de musica que os Emos se escutarem, falam " CREDO... QUE PORCARIA..."  , mas é a cara do Restart....entendem? Por essas e outras que afirmo e luto sempre contra o preconceito musical....
Essa musica se chama " Tá se achando" , mas os caras tem muitas musicas com o mesmo estilo... pode parecer muito esquisito... mas vale a pena escutar o DVD...porque é bom , cara.... excelentes musicos , bons vocais... bem a moda sertaneja jovem.... é muito agradável....O DVD novo da banda é um fenômeno de vendas... é claro...porque o publico deles é enorme e recheado de mulheres doidas que gritam e se descabelam por causa deles...assim como o Restart ou o Hori... não tem diferença ... é disso que estou falando... se é pra falar de coisas assim , então vamos falar de tudo... boa produção , um excelente repertório.... mas com uma diferença... os caras dizem que são sertanejos.... roupas , formato , layout... tudo sertanejo... não mascaram nada .... é dificil você colocar isso na cabeça , imagino eu , mas coisas como Guilherme e Santiago , são muito mais honestas em suas propostas do que as bandinhas ou outras modinhas de rock ridiculas....pense nisso... dê uma chance para você mesmo pensar não sobre o estilo A ou B.. mas sobre propostas sinceras de musica....assim com ceteza , você será menos mala para os seua amigos , passará a olhar as coisas de forma diferente... e o melhor ... poderá dizer realmente.... " eu entendo bem de musica".


valeu pessoal....

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Banda Arkivo : A Nostalgia da Modernidade

A Banda Arkivo , tem surpreendido muita gente no cenário de banda independentes do RJ. A banda mistura sucessos dos anos 80 , época de ouro do Rock Brasil e mundial , com musicas próprias , mas tudo com uma pitada de modernidade do século 21. No repertório achamos  muita coisa legal , o pessoal é cascudo de Rock ....sabe fazer um bom repertório. não é um rock engraçadinho , com firulas ou mesmo com um estilo "moderninho". O fato de ter feito essa escolha , significa remar contra a maré ( isso sim é que é uma atitude rock ! ) , mas como são caras esperientes , sabem dos riscos e seguem em frente fazendo bons shows e divulgando assim seu bom trabalho.

Olhando informações sobre a banda , vemos que eles não param....fazem shows em vários lugare do rio , litoral , em qualquer região...o som lembra um pouco a atual fase dos Uns & Outros , mas só que um pouco mais melodioso... bem típico das bandas que tem como base os Incríveis anos 80.



A formação da nada é...

*GLÁUCIO RODRIGUES (BAIXO/VOCAL)

*MARCOS BELIZÁRIO(GUITARRA)

*RICARDO FARIAS(GUITARRA)

*ULISSES CARVALHO(BATERIA)


A banda tem a musica de trabalho dela : " Eu e Você " musica essa tem tem ótima melodia e letra. deixo aqui além do video de abertura , o video da musica , os contatos da banda , e como acessar fotos e mais detalhes ok? Vale a pena conferir ...logo , logo mandarei para vocês a agenda da banda , mais detalhes e até uma entrevista que estou procurando fazer com eles.... aguardem ok????
Enquanto isso... mandem suas opiniões , indicações de bandas e artistas , comentários e tudo o que quiserem... esse espaço é todo de vcs!!!!


"EU E VOCÊ"

"Quando encontrei o teu olhar eu percebi
Que esse Amor era pra sempre
é tão difícil explicar o que senti
pois quando é bom pensamos só no infinito.
e pensando no infinito eu me lembro de você
no teu calor,no teu carinho
que me dá tanto prazer
foi nesse instante que senti você perto de mim
foi aí que eu entendi,com você eu descobri que:

Pra sempre,é todo aquele Amor que une o mesmo sentimento ao coração
sem ter medo de se machucar.

Pra sempre,é esse Amor intenso levado pelo destino ao infinito
como o Arco-íris alcançar.

Eu e você,Eu e você,Eu e você...

Pra sempre,é todo aquele Amor que une o mesmo sentimento ao coração
em que a emoção é mais do que a razão.
Pra sempre,é buscar por esse Amor sorrindo,num só caminho pra seguir
ouvindo a voz do coração.

Eu e você,Eu e você,Eu e você..."

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