procura aqui pra ver se acha!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Esse é o cara ! Rogério Batalha...( hi... rimou...)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Release

Rogério Batalha, poeta e letrista, natural de Miguel Couto e curtido na Penha e arredores, publicou seu primeiro livro em 1998, o independente "Malícia", com contracapa assinada por Waly Salomão. O poema que dá título à obra foi musicado pelo compositor Moacyr Luz, que se torna seu amigo e parceiro constante.Em 2000, sai o também independente "Bazar barato", com texto de contracapa assinado por Antonio Cícero. No mesmo ano, Rogério Batalha foi convidado para participar do recital poético de Waly Salomão "Esta noite se improvisa", desenvolvido nas Lonas Culturais João Bosco e Hermeto Pascoal, ao lado de Jorge Salomão, Afroreggae e outros.Em 2002, Rogério Batalha lançou mais um livro de poesia, "Melaço", prefaciado por Ricardo Oiticica.No ano seguinte, proferiu palestra sobre o livro "Melaço" na I Bienal do Livro da Cidade de Nova Iguaçu. Também em 2003, apresentou-se no projeto "Poesia simplesmente", realizado no teatro Gláucio Gil.No ano de 2004, juntamente com Alexandre Faria e Oswaldo Martins, participou de um debate sobre a poética de Ferreira Gullar, o qual esteve presente ao evento realizado na Lona Cultural Terra.Em 2005, participou de debate sobre poética e contemporaneidade realizado na Universidade Estácio de Sá (RJ), ao lado de Francisco Bosco, Luiz Fernando Medeiros de Carvalho e Oswaldo Martins. Nesse mesmo ano, lançou o livro "Anfíbio" (Armazém Digital), contendo poemas musicados por Moacyr Luz ("Malícia" e "Baluarte") e Paulinho Lêmos ("Aliás" e "Coração estopim"), as duas últimas registradas pelo parceiro no CD "Paulinho Lêmos" (New Mood Jazz, 2005).Em 2008, frequenta o Encontro de Compositores promovido pelo Centro de Referência da Música Carioca, onde canções suas são apresentadas por parceiros como os violonistas Rogério Lopes e Dú Basconça.No mesmo ano proferiu palestras na UFJF sobre a poética da canção popular brasileira, juntamente com Alexandre Faria e Oswaldo Martins, além de ter as musicas (“Bem cotado, “Cinzanta manhã” e “Caroço”) registras pelo parceiro Dú Basconça, no cd Ah Bangu.Em 2009, une-se a Moacyr Luz e à cantora e compositora Roberta Nistra, da nova geração do samba da Lapa, fazendo as letras para várias canções de temática afro-religiosa, que são gravadas com vistas a um cd.

Rogério Batalha é poeta. Desconhecido, vem editando seus livros quase que marginalmente. Madureira, Cascadura e Penha (mas não só) são os territórios por onde circula. Pertence, com mais propriedade diria que pertenceria, como quer certa inteligência nacional, a uma das metades da cidade partida. Tem lançados e postos em circulação dois livros: Melaço e Anfíbios. No primeiro, Batalha escreve um belo poema, marcado pelo impacto da chacina de Vigário Geral e pelo que tal chacina provocou, com o surgimento do movimento Afroreggae.
“Sagacidade é saber farejar delícias”. Emblemático e diferenciador, o verso, com que abre o poema, serve de mote para a constituição das diversas diferenças que anoto em sua escrita. Ao contrário do que propõe a partitiva inteligência, acerca da divisão da cidade, o que se verifica na poesia de Batalha se constrói a partir do amálgama das diversidades, de modo surpreendente.
Se a visão da cidade partida cinde a percepção do olhar sobre as manifestações culturais do espaço urbano; se, no além túnel, a arte recebe a chancela do popular; se a inteligência brasileira tem a necessidade de “gostar” de tal arte, muita coisa se perde e em várias sentidos. Deste logo, o rótulo arte popular, arte do subúrbio, arte das favelas esconde uma dignificação exatamente daquilo que não é popular e empurra o julgamento do popular para uma aceitação acrítica. É inaceitável que tal aceitação acrítica se transforme em moeda de troca, ou, com maior crueldade ainda, em uma estética própria, localista, como se um redivivo regionalismo (re) fundasse a arte como expressão sociológica, como arte de combate – ou coisa que o valha –, distanciada das questões estéticas. São diversos os livros e também as músicas que simplesmente se exaltam por esta expressão localista. Não tem sentido, por exemplo, exaltar toda e qualquer arte naïf por ser arte naïf. Há uma grande arte naïf e há também uma horrorosa arte naïf. Há os belos quadros de Nelson Sargento e há aqueles dos retratistas de rua. Não basta, portanto, pertencer ao conceito popular/naïf para que a manifestação artística se torne aceitável.
Batalha tem a vantagem de saber disto. Sua poesia, embora fortemente enraizada, busca outra percepção, outro diálogo. Não se aceita como representante estanque do localismo, nem do ferrolho – imposto pelos que “gostam” da arte popular – de uma poesia frágil, porém bacana. Senão, leia-se em Melaço:
Os cambaus, esse mundaréu é meu!
Perebento e muquirana é a mãe!
Eu não sou do seu naipe!
Eu tenho gogó mermão!
Anchova é o caralho!
Eu sou é enchova de dentes afiados!
Sutilezas. Cambaus – peça triangular que se põe no pescoço das cabras para evitar que pulem as cercas. Anchova/enchova – a cerca lingüística ultrapassada pela significação mínima ao nível da expressão. A relativa abertura da medial /ã/ reescrita pela nasalização entre dentes, realiza, com uma concisão de miniaturista, o que o poema anuncia no plano semântico – a quebra das fronteiras. E a ela acrescenta não só a auto-noemação, enchova, como também a rejeição à nomeação que, de fora, tentam lhe impor, anchova.
A partir desta dupla significação, o poeta mostra os dentes afiados, se acrescenta em força e qualidade e requer para si a vasta possibilidade da sagacidade:
Podre podre
Presidiário
Podre podre
Crucificado
Podre podre
Amortalhado
Podre podre
Desumanizado
Podre podre
Torturado
Podre podre
Entulhado
Podre podre
Desovado
E mesmo assim, Afroreggae.
Atentem para o “e mesmo assim”
Rogéio batalha é um amigo de infância...o cara era um tremendo revoltado quando era menor e todos na rua juravam que ali estava mais um candidato a marginal....mesmo assim , Rogério sempre mateve sua sanidade guardada em algum lugar desconhecido , guardada para ser usada em um momento mais propício. Por um tempo o cara foi selvagem , seco , rígido....mas o tempo é mestre das coisas...e como é.
Fiz letras de música com ele , já dividi o palco com ele em shows do Atormentando a Nação ( eu como baterista e ele como tecladista  ele era o ray Manzarek da banda ! ) Foram , momentos bons... muito bons.
Com 2 livros ( acho que são 2 ) lançados de poesia ,  uma carreira promissora de letrista e poeta , Rogério batalha não é apenas mais um nome em relação a outros... é o nome que se deve guardar para que quando realmente explodir , sentir o orgulho que hoje eu sinto. "Caraca... eu conheço ( ou ouvir falar ) esse cara.
é isso Bathalha...siga sempre em frente... e me orgulho de monte dizer que te conheço e que passamos coisas muito legais juntos...Boa sorte !

Nenhum comentário:

Postar um comentário