procura aqui pra ver se acha!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O desenvolvimento e a comunidade. Incompatíveis?


A primeira sala de cinema inaugurada no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, teve vidraças quebradas e lixeiras destruídas na madrugada desta segunda-feira. Segundo a Força de Pacificação do Exército, os danos foram resultado de ato de vandalismo.
Um grupo de jovens teria apedrejado o local. O vigia do cinema acionou um grupo de soldados. De acordo com o oficial de comunicação da Força de Pacificação, major Fabiano Lima de Carvalho, os suspeitos fugiram.
  O CineCarioca Nova Brasília foi inaugurado na sexta-feira (24), véspera de Natal. As obras duraram um ano e o investimento foi de R$ 3 milhões.
Aí eu te pergunto...é facil falar mal do governo , não é? Não adianta apenas dar as coisas para as pessoas nas comunidades. Tem que dar educação , pois pode parecer "feio" falar certas coisas , mas devemos de certa forma, encarar a realidade.: Nem todos estrão preparados para o que vão receber.
Não tomo isso como verdade absoluta , muito menos afirmar aqui que as comunidades não devem se desenvolver. É claro que isso é obra de uns gatos pingados que não sabem o que fazem , mas mesmo assim aconteceu. A parcela de culpa do povo existe sim , e deve ser também apontada. Isso é só um exemplo, porque vemos isso todos os dias. Depredação de orelhões , lixo nas encostas , aquele maldito celular no ônibus alto tocando funk proibido ( o que houve com o fone de ouvido? ) . Isso tudo é resultado de um povo que nunca teve nada , e agora infelizmente não sabe lidar com as coisas. 


O governo demora muito para ter a atutide que é cobrada ( e com razão ) de todos. Quando toma , isso acontece. não quero assim dizer que essa parcela da população não deve ter nada. Longe disso. Esse povo merece sim , atenção cuidado , e carinho , mas não devemos esquecer que o abandono de décadas os transformou.
Eles tem que reaprender a lidar com a educação , valorizar as coisas que possuirão , ver que a educação está chegado , o progresso enfim está aparecendo nas comunidades. Ensiná-los que não são marginais ou " favelados" . Acredito que eles ouviram tanto isso das outras camadas da sociedade , que infelizmente , acreditaram nisso. 
Acredito no povo. Acredito que essa situação pode mudar. Desta vez tenho muita esperança de que o Rio pode sim dar o exemplo para outros estados de que todos são realmente merecedores de coisas legais. mas convenhamos . Nós temos também que colaborar.



Sala de cinema 3D inaugurada no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio; investimento foi de R$ 3 milhões

sábado, 18 de dezembro de 2010

Motörhead Confirmado no Rock in Rio ! EBAAAAA!!!!

Motörhead e Coheed and Cambria são confirmados no Rock in Rio

Bandas reforçam a terceira noite do evento, que começa em setembro.
Metallica, Sepultura e Angra também estão no dia metal do festival.


Lemmy, do Motorhead, agitou o público no Rock in Rio LisboaLemmy, do Motorhead, no Rock in Rio Lisboa
(Foto: Hugo Correia/Reuters)
As bandas Motörhead e Coheed and Cambria reforçam o line-up do Rock in Rio, informou a assessoria de imprensa do evento, nesta segunda-feira (29). O festival  acontecerá entre 23 de setembro e 2 de outubro de 2011.
Os dois grupos estão confirmados para o dia metal, a terceira noite do Rock in Rio, que também tem Metallica, Sepultura e Angra garantidos.

Mesmo sem todas as atrações confirmadas, o primeiro lote de ingressos para o Rock in Rio 2011 começou a ser vendido no dia 19 de novembro por meio do site www.rockinrio.com.br ao preço de R$ 190. Quem comprar a entrada agora terá direito a usá-la em um dos dias do festival que escolher. Foram vendidos 62 mil Rock in Rio Cards do primeiro lote de ingressos em apenas um fim de semana.
O Motörhead, ícone do heavy metal, tem mais de 35 anos de carreira. Liderados pelo vocalista e baixista Lemmy Kilmister, eles já lançaram 27 discos e emplacaram hits como “Ace of spades”, “Bomber”, "Orgasmatron" e "Iron fist". "The world is yours", novo disco do grupo, está previsto para janeiro de 2011. A banda Coheed and Cambria, de Nova York, é tida como uma revelação  do rock pesado.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um absurdo sem limites... mas a culpa é de quem?

Gente.... o que eu vou mostrar aqui neste post , não é dado a nenhum preconceito ou mesmo até favorecimento a alguma outra denominação. Sou admirador de uma religião ( adoro o Hinduísmo, mas sei que tem picaretas também ) , mas na verdade sigo um pouco de tudo. O que importa mesmo é que acredito em Deus. E olha que tem vezes que fico puto mesmo quando uma merda contece comigo , aí eu olho pro céu , e do meu jeito falo " Porra , o Senhor só pode estar de sacanagem comigo né? Quer me fuder , Senhor? " Mas essa "intimidade" , quem tem com ele sou eu.... cada um tem a sua. Quando estou desesperado, e olha que não são poucas vezes , eu grito logo por Ele. O que importa mesmo , é que eu acredito Nele. Não no homem.
Sou um eterno pesquisador. Por isso mesmo dou uma opinião , que no mínimo vale a pena ser questionada. Quando estou de bobeira , dou uma corrida nos canais de Tv e me deparo com coisas muito bizarras. Coisas que põem em xeque a minha confiança no futuro , não só deste país , mas no futuro do homem.
Todo lugar tem pilantra. até mesmo eu , já dei umas reborsoas por aí atrás de uma vantagem ou outra , ( ou você também é algum santo ? ) . Mas daí a tirar a gente como otário , é foda , parceiro. O que a PF tá esperando para preder esses pastores safados , ladrões e pilantras? Eles invadem a sua Tv , contando o maior dos absurdos , com a cara mais lavada do mundo , atrás de produções que são quase que milionárias, produções essas que poderiam ser usadas para qualquer programa educativo , ou mesmo para qualquer baboseira divertida ( não que isso não me divirta , parece mórbido , mas acho graça desses caras falando essas coisas ) .
Minha pergunta é simples. Será que realmente existe alguém que paga por essas coisas? ( veja os vídeos abaixo) Será que por mais pobre e desesperado que o ser humano esteja , ele é capaz de dar o pouco que lhe ainda resta , para enriquecer ainda mais essas aves de rapina ( com respeito as aves )? Será mesmo que pessoas de bem , com esperança em Deus ( Alá , Jeová , Krishna ou o caralho a quatro ) , não são capazes de separar o verdadeiro ( sim , pois acredito até que existam os verdadeiros) dos farsantes? O que falta para que nós possamos nos levantar e acabar de vez com essas "coisas" que estão nas nossas Tvs , jornais , política , artes ( pois lançam Cds e livros ) , enfim , na nossa vida? Estão esperando o quê? Que seja eleito um presidente oriundo desta corja?
Pessoal , acreditem...não sou contra religião "A" ou "B". Acredito muito que o fim destas pessoas não será nada bom despois da morte.... porra , mas vamos ser sinceros...aí também já era, né? Eu queria muito ver esses caras se fuderem aqui!
Pensemos agora pelo lado mais sódido da coisa. Todos eles não nasceram ricos. Assim como qualquer esperto , tiveram dificuldades financeiras , eram trabalhadores , mas tiveram uma grande idéia.e ganharam muito com isso.Mas daonde veio tanto dinheiro? Jatos , mansões , viagens internacionais , a verdadeira quebra de salas de cinema em todo o país , comprada por esses indivíduos? Desculpe a sinceridade , mas a culpa é toda nossa. Isso mesmo , somos nós que colocamos o Crivela no Senado. Fomos nós que consentimos o crescimento desimbestado dessas denominações sem ao menos colaocar um "freio moral" . Nós que não impomos limites as pessoas , que não ligamos para a pouca educação , e raciocínio. Nós , pessoal , alimentamos esse leão. E agora , temos que aturar.
Não basta só Deus estar vendo.nós temos que ver também. E não dizem que estamos vendo tudo... não estamos. estamos apenas rindo ( como eu disse anteriormente que eu mesmo faço ) achando graça , e vendo o circo pegar fogo cada vez mais....depois não venham reclamar que Tiririca foi eleito , que o legal mesmo é ter a Copa do Mundo no Brasil ,.e que mulher de verdade é a Mulher Melancia.
Acordem. Eles estão aí....e estão com todo o gás , pra te fuder cada vez mais.
Assistam esses vídeos e por favor... acreditem, isso já está indo longe demais.




Você acredita nisso?









Escreve aqui e dá a sua opinião ! Valeu pesoal !

Análise crítica sobre o álbum da Banda Restart ( Imparcial




Venho até aqui informar que o post a seguir é uma análise crítica. Totalmente fria e desprovida de cores. Feita apenas pelo meu profissionalismo de blogueiro (RISOS). Interprete esse texto como se fosse um mímico francês depressivo falando com você.
Ou se desejar, apenas imagine uma expressão Steven Seagal no meu rosto e DIVIRTA-SE.
A banda se auto-intula HAPPY-ROCK.
O nome da banda é Restart, o álbum se chama Restart e a música single é “Recomeçar”. Criatividade é isso aí.
Então, vamo lá. Vamos falar de coisa boa. vamos dar  play na fita.

Faixa #01 Recomeçar
O primeiro registro do primeiro CD da banda é um gritinho do(a?) vocalista. No melhor estilo Frank Aguiar. Tem que ver isso aê.
A música fala sobre conformismo após o fim de um relacionamento e que hoje ele SABE SABE SABE que não importa mais, e que não VAI VAI VAI voltar atrás.
Tirando o jeito de “música de abertura de anime”, tirando todos os vocais, todos os sons, todos os ruídos, é uma boa faixa de introdução para qualquer álbum de música.
NFaixa #02 Vou cantar
Recomeçando aparentemente toda a ideia da música anterior, nessa faixa a letra fala sobre como “uma garota lhe completa e lhe faz querer viver”.
Nessa faixa, o guitarrista/vocalista com cara de indiano descolado, dá o ar de sua graça. E a voz do dito cujo, não decepciona quem pensa que os integrantes dessa banda não passaram pelo teste da heterossexualidade.
No buteco do Zé, ele tiraria 100 points no Karaokê fácil. Mas respeito, a puberdade demora a chegar para alguns.
E também, nessa segunda faixa, a banda já mostra com toda autoridade o que vem fazer no mundo da música: Trilhas de abertura da Malhação.
Faixa #03 Amanhecer no teu olhar
Seguindo a linha atual dos Colírios, achei uma escolha fantástica para o nome dessa faixa. A letra fala daquelas coisas chatas de adolescente que envolvem amor e toda aquela coisa bonita de “Um amor para recordar”.
E não importa quantas vezes eu ouça, como ele nunca se refere diretamente a uma mulher, sempre acabo visualizando todas as letras relatando um relacionamento homossexual mal sucedido =( Não me julguem.
APOSTO UM BEIJO QUE VOCÊ ME QUER ÔoÔ
Faixa #04 Sobre você e eu
Sintetizador de tecnobrega, efeitos sonoros de Pokémon Ruby… Sem mais detalhes.
Faixa #05 Levo comigo
Outro single da banda que toca mais do que Justin Bieber nas rádios brasileiras. Essa daí é a típica música que você vê aquelas garotinhas piranhas que querem pagar apaixonadas ouvindo. Também do tipo que você vê seu amigo cantarolar, e quando você olha pra cara dele, ouve um: “Putz, essa merda não sai da minha cabeça.”
A letra fala sobre “levar uma garota para onder quer que vá” e outras tantas coisas que o Charlie Brown Jr dizia na abertura da Malhação.
Faixa #06 Lembranças
A música começa com batidinhas de balada matinê e você pode até visualizar um monte de adolescentes suados  pulando na pista, bebendo ponchê de maça e Coca-Cola Zero. (Sério, faça o teste clicando aqui NÃO ACONSELHAVÉL)
Uma coisa que eu não entendo são essas bandas que acham legal introduzir aqueles efeitos de “voz de robôzinho”, muito usado pela Kelly Key em seus tempos áureos. Mais cafona que essas calças jeans amarelas (que deve soltar uma tinta, menino…)
A letra fala de lembranças que eu não lembro. Não prestei muito atenção porque eu havia ido mijar e quando cheguei a música já estava quase acabando =/
Faixa #07 O meu melhor
A música começa com um solinho xilofone e fala das mesmas coisas que todas as outras. FIM.

Faixa #08 Ao teu lado
BLÁBLÁBLÁBLÁ WISKAS SACHÊ.
Faixa #09 Final feliz
Essa música tem o título mais coerente do álbum: Quanto mais perto do fim do álbum, mais feliz.
Faixa #10 Bye Bye
O legal da letra dessa música é que durante todo o álbum, a banda fala como ama o namorado e coisa e tal, já nessa música, eles dão beijinho e tchau tchau.
Considerações finais:
A banda tem um lado negativo: Ninguém procura ao menos conhecer a banda antes que o Felipe Neto fale mal dela, e logo, todo mundo acabe falando mal dela também. Dizendo que é uma merda e coisa e tal.
Eu pelo menos SEI SEI SEI que é uma merda.
Em uma comparação um tanto quanto PARADOXAL, Restart consegue ser melhor que a banda Cine e pior do que um tiro na cabeça.
DICA PRA VIDA: Amigo, pare de usar as expressões do tipo “Vou xingar muito no Twitter” ou “Eu acho uma puta falta de sacanagem”. Você está com um delay de, sei lá, dois meses.
DICA BÔNUS: Sabe aquele amigo babaca que fala que Green Day “das antiga” é punk e coisa e tal? Mande um: “Beleza, senta lá”. Não há muito diferença entre Restart e Green Day ‘das antiga’.
Abs, galera. Vocês são uns bandos de lindos e prometo que semana que vem eu volto aqui, no meu velho e querido banco, para lhes ofender através de outro texto.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Minha primeira Prosa ( ou poema )...

 Prefiro as putas…


Prefiro as putas às santas ou às mulheres normais…
Gosto das putas e seus amores de instante, os quais, por breves momentos, mentiras se tornam juras de amor eterno.
Gosto das putas e seus beijos gelados e displicentes, porém tão verdadeiros quanto o preço que se paga ao final do encontro.
Prefiro mil vezes as putas. Elas que fodem e gemem com o vigor de máquinas de prazer. Prefiro estas àquelas que fodem sem vontade e gemem para dar a desculpa de um prazer cotidiano.
Gosto das putas com seu sexo, sem antes ou depois, onde tudo o que importa é o momento presente.
Gosto das putas e do vazio que elas deixam ao final da noite, quando se vestem e voltam para o lugar de onde vieram, com seus sonhos e pesadelos particulares, que não pertencem a ninguém mais a não ser a elas mesmas.
Prefiro as putas às santas ou às mulheres normais…


Cleber Souza.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O "primo pobre" da Tropa de Elite...



Quando Tropa de Elite se tornou um fenômeno de vendas nos camelôs e fez sucesso no mundo dos downloads não se imaginava qual a dimensão que a produção poderia ganhar. Dirigido por José Padilha, levou ainda mais de dois milhões de pessoas aos cinemas e, de quebra, conquistou um Urso de Ouro em Berlim.
Embora repleto de cenas de violência, apontando o dedo em riste para a classe média como uma das principais culpadas pelo tráfico e pela violência da qual ela mesma havia se tornado vítima, seu discurso era sustentável e amparado por roteiro de qualidade e uma esmerada e digna de respeito.
Se há dois anos foi a vez do BOPE (a elite da polícia do Rio de Janeiro) ganhar as telas em 2008 , chegou a vez da ROTA (a elite da polícia de São Paulo) ganhar uma versão somente sua para o mundo audiovisual. Primo pobre, mas claramente inspirado no sucesso do seu antecessor, Rota Comando chega diretamente em DVD e, coincidência ou não, levou pouco menos de um mês para se tornar um campeão de vendas nos camelôs.
Baseado em livro do deputado estadual e ex-capitão da ROTA Conte Lopes – que também participa ativamente no filme – a produção está longe da qualidade de Tropa de Elite, em todo e qualquer aspecto que venhamos a fazer comparações. Nos primeiros minutos de Rota Comando temos a impressão de estar vendo não um filme, mas um vídeo institucional, tamanha é a parcimônia e a maneira didática com que o grupo Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar é apresentado.
Tudo colabora para essa impressão. A começar pela fotografia que, ao procurar se aproximar do dia a dia da corporação e adotar um tom mais documental faz por parecer a câmera de reportagem de um programa policial, inquieta e sempre pronta para desviar o foco das atenções ainda que a imagem seja a prejudicada. O tom “realista” parece ser proposital, já que algumas tomadas e planos se aproximam muito de imagens que estamos a costumados a ver no noticiário.
Se a corporação é apresentada em todas as suas minúcias – o que nitidamente é desnecessário caso o propósito seja fazer uma obra de ficção – ao saírem as primeiras viaturas para a rua o que se vê é uma ROTA com uma conduta exemplar, imaculada. Para se ter uma idéia, durante todo o filme, apenas um policial comete uma falha (constrange um cidadão inocente numa abordagem graças a um erro ao anotar o número da placa de um carro) e esta é punida imediatamente (com ele sendo constrangido diante da corporação).
Não estou com isso dizendo que a ROTA é corrupta ou algo do gênero, pelo contrário. Não conheço o trabalho do grupo , mas não tenho dúvidas da idoneidade da maior parte dos seus integrantes. Mas daí a pintar um quadro de uma corporação perfeita, a coisa muda de figura. E, se a fotografia do filme faz lembrar os episódios televisivos do antigo seriado Pista Dupla (que passou na CNT na década de 90), outros dois truques baratos fazem com que a produção beire o constrangedor.
O primeiro deles é a edição. Repare que a cada mudança de cena com ação ou cada nova missão cumprida efetuada pelo grupo uma música de fundo entra com a função de “criar o clima” apropriado para a cena. É como se não houvesse confiança de que a própria sequência em si seja capaz de sustentar o mesmo efeito sozinha. E de fato, na maioria dos casos, não é.
Já o segundo é um erro – mais grave e com propósito certeiro – é a contraposição de situações apresentadas pelo roteiro. Repare como os atores que interpretam os bandidos se expressam com gestos tão excessivos para compor o estereótipo dos malvados que acabam se tornando caricatos e inverossímeis. Por outro lado, os policiais da ROTA, em momento algum perdem o controle, dentro ou fora da ação, o que faz com que a idealização dos combatentes chegue a níveis máximos.
Para minimizar esse quadro, a história contrapõe sempre a ação dos policiais com a ação dos bandidos em pequenos furtos, agressão a pessoas inocentes, seqüestros e outras violências envolvendo a classe média. É óbvio para qualquer cidadão de bem é chocante ver um marido sendo morto em frente à mulher ou uma filha sendo agredida em frente a uma mãe amarrada. A contraposição vai além também nas cenas em que a família de um grupo é o destaque. O comportamento dos policiais em família é tão idealizado que, em alguns momentos, temos a impressão de estar vendo aqueles comerciais de margarina. Por outro lado, o lar de um bandido é caótico, seja pelo linguajar, pelas atitudes ou mesmo pelas drogas.
Com tantos pontos negativos, qual seria então o segredo do sucesso de produções como essa? O mesmo “segredo” que explica o sucesso de programas policiais e a venda de jornais com manchetes “banhadas de sangue”. A violência faz com que a população busque refúgio em alguém, ou algo, que se comporte como o seu protetor ou guardião. E, nesse sentido, Rota Comando é uma ode ao trabalho dos policiais da ROTA. As cenas de ação, com perseguições e tiroteios pelas ruas da capital paulista, também fazem parte do nosso cotidiano. De certa forma nos vemos naquelas situações e, pelo contexto apresentado, torna-se plausível a idéia de que “poderia ser eu” numa situação como essa.
Não vou aqui entrar no mérito da forma de ação da ROTA. Numa frase marcante do filme o narrador informa que existem dois caminhos: o do bem e o do mal. Aqueles que escolherem o caminho mal, mais cedo ou mais tarde, trombarão com a ROTA em seu caminho. E, se trombarem, irão passear de camburão, sentados ou deitados. O pensamento é fartamente ilustrado ao longo das mais de 2h15 de produção e se, é correto ou não, é uma opinião particular que poderia gerar intermináveis debates.
O que se vê aqui é uma produção que tinha bons elementos, conteúdo e potencial para se tornar um interessante filme policial que retratasse, também, o cotidiano da corporação. Porém o resultado final, ao invés de um filme policial é um filme da polícia para a população. Que o trabalho da ROTA merece respeito não tenho dúvidas. Agora tornar a ROTA um reduto de cidadãos endeusados e dignos de toda a devoção é outra coisa completamente diferente.


Aqui tem o link direto para assistir o filme on line:

http://www.supertelafilmes.com/2009/08/rota-comando-o-filme-nacional.html

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A primeira entrevista do Alterego! ANDREAS KISSER !!!!!!!

Para dar início à minha coluna mensal de entrevistas, tenho a honra de anunciar que nosso primeiro alvo foi Andreas Kisser, músico e compositor. Além de ser o guitarrista do Sepultura, iniciou há pouco sua carreira solo. A entrevista foi gentilmente cedida por e-mail. O Alteregoooo  agradece a disponibilidade do Andreas.
1. Acompanha o cenário musical brasileiro da atualidade? O que você teria a dizer a respeito?
Acho o cenário sempre muito diversificado e sempre tem alguma coisa nova acontecendo. Eu gosto muito da música instrumental brasileira, principalmente um grupo que conheci há pouco tempo, o “6 com casca“.
2. Você é um músico extremamente versátil, tendo tocado com Caetano Veloso, Chitãozinho e Xororó, Zé Ramalho, Nando Reis, Paralamas, Marina de la Riva etc. Como os fãs do Sepultura vêem essas participações especiais? Alguma ameaça xiita?
Não sei como eles vêem isto, cada um tem uma opinião, teria que perguntar a eles. Respeito a opinião de todos. Alguns apóiam, outros não, é normal. Não quero agradar todo mundo, mesmo porque isto não existe, mas estas experiências são fantásticas. Eu aprendo muito tocando com grandes mestres da música, independente do estilo.
3. De acordo com o myspace do Sepultura, vocês têm muito mais shows marcados na Europa que no Brasil. Existe algum motivo para isso?
No ano passado nós fizemos uma grande tour pelo Brasil junto com o Angra, ficou faltando algumas cidades que pretendemos fazer este ano. Quando vamos pra Europa, ficamos por dois meses tocando praticamente todos os dias. Aqui no Brasil só rola show de fim de semana, é outro circuito, as turnês são bem diferentes.
4. Você é tímido musicalmente? Para compor precisa estar sozinho ou prefere o clima de estúdio com outros músicos?
Sempre estou compondo, não importa onde. O que vale é a idéia, o resto é só o arranjo e o desenvolvimento do tema.
5. Você também é conhecido por criar projetos paralelos à banda, como por exemplo o “Brasil Rock Stars” e o “Andreas Kisser Embromation Society”. Para este ano, os fãs podem esperar alguma coisa do tipo?
Estou sem tempo para estes projetos mas eles estão vivos ainda. Eu curto muito isso, de voltar aos tempos de garagem e tocar os meus ídolos. É muito saudável. Espero que no segundo semestre eu tenha tempo de fazer algumas jams.
6. Por que você começou a sua carreira solo? Expandir horizontes, necessidade de expressar algo incompatível com a banda?
Eu sempre componho muito, principalmente no violão. Tive uma oferta da gravadora Mascot Records, da Holanda, e fiz o meu disco. Foi uma bela experiência.
7. Sobre seu disco, então, “Hubris” (que quer dizer “orgulho excessivo, violência gratuita”): por que esse título? Teria algo a ver com a mescla de ritmos que você faz?
Tem a ver com o espírito do ser humano, a arrogância de se sentir melhor do que tudo na natureza, de voar sem asas, de se achar um deus, no caso dos reis e papas, entre outros absurdos humanos.
Pergunta dos leitores:
8. “Existe alguma possibilidade dos novos lançamentos do Sepultura serem mais técnicos do que o que vem sido lançado?” (Dário Neves e Ambrósio Amélio)
Não sei o  que você quer dizer com “técnico”, mas sempre temos o nosso passado como influência na música que fazemos, sempre procuramos algo novo, sem copiar nós mesmos.
9. “Qual a possibilidade da banda lançar um documentário no estilo ‘comemorativo’, que nem o esquema da Cerveja dos 25 anos da banda? Será que você acharia uma boa fazer uma parceria com jovens produtores, universitários, para produzir tal documentário?” (Thiago Hanneman)
Sim, com certeza. O meu primeiro clip solo foi feito por estudantes da faculdade Metodista em São Bernardo, SP, e ficou um trabalho excepcional.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=VrZ9oyxf7Lg]
Temos muito material para um filme, é um plano que estamos preparando há algum tempo, vamos continuar filmando os shows que acontecerão este ano.
10. Como o nosso site engloba outras áreas da cultura, pedimos que você liste três obras que te marcaram bastante.
Cinema: “Laranja mecânica” (Kubrick), “Guerra nas estrelas” (George Lucas) e qualquer filme do Woody Allen
Música: “A night at the opera” (Queen), “Ride the lightning” (Metallica) e ”Black Sabbath” (Black Sabbath)
Literatura: “Tratado teológico-político” (Spinoza), “O príncipe” (Maquiavel) e “Einstein: a life” (Denis Brian)
11. Para terminar, é padrão do Artilharia perguntar ao entrevistado uma coisa que ele gostaria de dar um headshot, um tapa na orelha (tiro certeiro); e outra que para a qual ele bate palma (medalha de honra). Pode ser uma pessoa ou algo subjetivo, tanto faz.
Tiro certeiro: Não acho que a violência resolva nada, não tenho vontade de atacar ninguém nem nada em específico. Políticos são todos iguais no mundo, educação é uma piada e as gravadoras estão falindo, pagando pela própria ganância e arrogância.
Medalha de honra: Para a consciência ecológica que estamos tendo neste novo milênio, espero que não seja tarde demais.
.
Links bacanas pra sintonizar com o Andreas: Fã clube, Myspace, YouTube, Twitter.

Chinfra...a banda que se recusa a parar....e show na lona de Santa Cruz com o Média Zero !

Tudo bem... a banda que quer alguma coisa neste restito cenário musical tem que ralar mesmo , mas o que o CHINFRA tá fazendo é excepcional. a banda toca o tempo todo , em tudo o quanto o que é lugar. não pude ir nos ultimos shows da banda ( Casarti e Irajá , na pista de skate ) , mesmo assim eu que moro num bairro diferente , ouvi um dia desses um comentário de uns muleques no coletivo...."Cara , tava no Casarti de bobeira , e via o tal do Chinfra... caralho... a banda é muito foda!" ...dei um sorriso. Fico feliz quando escuto esse tipo de comentário. O Chinfra já dispensa apresentações. Todo mundo que acompanha o Alteregoooo já conhece , e alguns até acham que eu , por conhecer bem o pessola da banda , faço do meu blog um espaço para ajudar. Nem ligo para isso... falo de todas as bandas.... mas falo principalmente do que é bom. logo , logo vou colocar aqui a agenda da banda, e muito mais. Logo também , vou fazer uma entrevista com Kinho , o Vocalista e líder da banda , coisa que há tempos quero fazer. Enquanto isso , procure saber mais sobre a banda...aqui tem o link para o my space... aqui é a musica "Jhonny Quest da Favela"

http://www.myspace.com/cfeh/music/songs/Jonny-Quest-da-Favela-38916466




E por falar em boas opções aqui está uma! o Chinfra eo Média zero estarão juntos novamente abrindo num shou dia 5/12  em Santa cruz - Lona cultural Sandra de Sá com chinfra - ingressos a 2 reais ! Pô fala sério !
 Taí uma puta oportunidade de voicê pode ouvir muita coisa legal e sucessos alternativos das bandas como "Surfista de Irajá " do Média Zero ' e "bota a cara pra viver " do Chinfra ! vai lá maluco !

Pedidos de desculpas ... e Rock in Rio!!!!

Depois de um tempinho fora para pequenas reflexões , estou de volta..... peço mil desculpas ao péssoal que acompanha o Alteregoooo. de qualquer forma , me esforçarei mais para manter o pessoal informado ok? mas vamos as novas notícias....




Red Hot Chili Peppers
Red Hot Chili Peppers
Snow Patrol
Snow Patrol
A primeira banda internacional confirmada no Rock in Rio 2011 foi o Metallica. Agora o evento anuncia duas novas atrações: Red Hot Chili Peppers e Snow Patrol.
O Chili Peppers já é velho conhecido dos brasileiros e tocou até na terceira edição do Rock in Rio, que aconteceu por aqui em 2001. Já o Snow Patrol, que tem apelo mais indie, acabou de se apresentar no festival Natura Nós, em São Paulo. As duas bandas tocarão na segunda noite do evento.
O Rock in Rio volta a acontecer em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, entre os dias 23 de setembro e 2 de outubro de 2011 - novamente divididos em shows nas sextas, sábados e domingos. O local de 150 mil m² será reformado com dinheiro público da prefeitura, passará a se chamar Parque Olímpico Cidade do Rock e será usado como área de lazer para os atletas durante os Jogos Olímpicos de 2016.
Além dos show, serão montados no local um parque de diversões com roda-gigante, tirolesa, kaboom e montanha russa e uma rua com 30 lojas, bares e restaurantes.
Os shows serão divididos entre o Palco Mundo, onde se apresentarão as atrações principais, o palco Sunset, que promoverá encontros entre artistas brasileiros e convidados, e uma tenda eletrônica, que reunirá DJs nacionais e internacionais.
Os organizadores esperam reunir 600 mil pessoas no evento de 2011.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lá vem mais uma tropa.... mas Federal...

'Federal' estreia hoje nos cinemas e retrata a corrupção policial






Enfrentar o câncer da corrupção policial não é exclusividade do Capitão Nascimento (Wagner Moura) em ‘Tropa de Elite 2’. O diretor Erik de Castro abordou o tema, em outra esfera da corporação, em ‘Federal’, que estreia hoje.




A turma de policiais honestos e atormentados é bem representada por Selton Mello (Dani) e Carlos Alberto Ricelli (Vital). Eles vivem, respectivamente, agente e chefe do grupo de elite da Polícia Federal, em Brasília, que investiga a ação de narcotraficante, vivido pelo ator americano Michael Madsen. Coube a Miss Colômbia, Carolina Gómez, o papel de gostosa da trama, e ao cantor Eduardo Dussek, a missão de hipnotizar o público com sua convicente atuação como traficante. As ótimas cenas de ação também valem o ingresso.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uma opinião... e um desabafo....

  O que realmente importa?

Nome?
Estilo?
Presença?

O que você acha fundamental para uma banda fazer sucesso?

Hoje o sucesso é algo relativo, você que possui uma banda, que tem anos de estrada e dedicação, que sabe que seu trabalho é bom e mesmo assim não é reconhecido como deveria, provavelmente fica muito puto ao ver bandas como essas que surgem a cada dia e convenhamos, você sabe que faz muiiiiiiiiito melhor! (para evitar xingamentos desnecessários)
Um exemplo muito claro e atual disso é a moda "Colorida"... Gente que porra coisa ruim, como pode alguém achar aquilo bom, digno de shows lotados e crianças chorando por sei lá, um show!




Em que mundo estamos?

Talvez seja só eu, talvez você não goste do post, discorde ou sei lá o que... Eu não ligo, eu preciso desabafar.. Alguém já ouviu aquilo ao vivo? Alguém da valor ainda pra qualidade musical?

Enfim, acho que me exaltei aqui e acabei desvirtuando o post

Vamos ao que interessa, você tem uma banda -  uma banda boa - e não sabe porquê ainda não foi reconhecido, visto, sei lá, o por que não alcançou seu sonho...

Vamos as dicas, talvez sua banda se encaixe em alguma:

Evite "estilo" demais, cara, você ainda não é famoso e o cenário brasileiro não precisa de mais uma Fresno, mais um Cine ou Restart
Seja você o mais original possível
Tenha um bom trabalho pra divulgação e faça bom uso da web
Youtube, twitter, orkut, etc...
Ensaie muito, não espere um show para marcar um ensaio... o entrosamento na banda é fundamental
Estude, estude, estude, estude... e não desista!

Com certeza você vai precisar de muita sorte também, mas tem alguns itens que é bom parar para pensar

Ao menos que você seja rico e/ou filho do Fabio Jr.


(desculpe pelo momento desabafo, não leve a sério este post)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Somos tão Jovens........ nos cinemas em 2011

Filme sobre Renato Russo deverá
chegar aos cinemas até o fim do ano

Longa mostra o saudoso roqueiro antes de sua fama nacional

Milton Michida/17-06-1994/AE
 
Para os fãs da banda Legião Urbana, 2010 é um ano especial. O último show do grupo aconteceu há exatamente 15 anos. A apresentação rolou no palco do Reggae Night, em Santos (SP). A performance de Renato Russo (vocalista), Dado Villa-Lobos (guitarrista) e Marcelo Bonfá (baterista) durou 45 minutos e fez parte da turnê de divulgação do disco O Descobrimento do Brasil. Além disso, Renato completaria 50 anos no próximo dia 27 de março.

Num período com duas datas comemorativas tão importantes, o que esperar mais? Bom, até o final do ano, o filme que conta uma parte da história do cantor da Legião Urbana, Somos Tão Jovens, deve chegar aos cinemas. Quem garante isso é o corroteirista do longa Luiz Borges. Amigo de Renato desde a adolescência, Borges começou a desenvolver o projeto após a morte do compositor, em 1996.

- As filmagens devem se iniciar em março e o lançamento está previsto para depois da Copa do Mundo. Ainda estamos em fase de captação, mas já temos o dinheiro necessário para começarmos a rodar. Somos Tão Jovens mostra o Renato adolescente, o Renato do Aborto Elétrico [banda punk brasiliense do final da década de 70], o Renato Trovador Urbano [projeto solo do músico em que ele saía com um violão tocando nos bares de Brasília] e finalmente o Renato no começo da Legião Urbana. Nesse ponto, o filme acaba.

Borges afirma que essa fase da vida do artista é importante e rica.

- Foi nesse período que o Renato escreveu sucessos como Que País É Esse?, Eduardo e Monica e Geração Coca-Cola.

Por enquanto, o longa conta apenas com os atores globais Thiago Mendonça e Bianca Comparato. Mendonça dará vida ao vocalista da Legião e Comparato, à irmã do músico, Carmem Teresa. O restante do elenco ainda não foi definido.

A mãe de Renato Russo, Maria do Carmo Manfredini, a Dona Carminha, já deu o seu aval ao projeto.

- Tudo o que lembra o Renato é bom. Eu, como mãe, gostaria de tê-lo aqui comigo. Para mim, a ausência dele é muito faltosa. No entanto, ele deixou um belo legado e até hoje é reconhecido por isso. 

Thiago Mendonça será Renato Russo em Religião Urbana
O ator Thiago Mendonça interpretará o cantor Renato Russo no filme ,que será dirigido pelo diretor Antonio Carlos Fontoura.
Fazendo laboratório para composição do personagem, Thiago viajou a Brasília e conheceu a mãe do líder da Legião Urbana. ”A mãe dele, dona Carminha, me recebeu no colo”, contou.
Fontoura ainda afirmou que não vai fugir de temas polêmicos como a homossexualidade e o uso de drogas. “O Renato é um personagem cheio de contradições. Nenhum tema está embargado, vamos tocar em todos os assuntos que fazem dele um grande personagem”.

domingo, 10 de outubro de 2010

A derrota do Rock Brasil....

OS 10 PIORES DISCOS DO ROCK NACIONAL DE TODOS OS TEMPOS
Acoustic Live, Paulo Ricardo (2005)
Paulo Ricardo é o PFL do rock nacional. Sempre indo com a onda, virando de casaca para faturar um qualquer. Não, não. Paulo Ricardo é o João Kleber do rock nacional. Quando se acha que o sujeito chegou ao fundo do poço, ele dá um jeito de se enlamear mais ainda. Se o ex-líder do RPM (ou atual? Ainda existe?) morresse no instante em que estas linhas são digitadas, ler-se-ia em seu obituário: "O homem que já foi o popstar mais famoso do Brasil deixa à posteridade um disco de covers-do-cover". Sim, pois em Acoustic Live a nova aspiração do moço é virar Emmerson Nogueira, atingindo o que no vernáculo shakespeariano poderia se chamar de *the lowest ebb ever*. Ele suga duas tendências mercadológicas (nunca artísticas) que já deram o que tinham de dar: a moda dos unpluggeds e a mania de covers de sucessos gringos em versões semi-musak. Para escolher seu repertório, PR deve ter passado umas horas escutando rádios FMs de consultório dentário, saindo-se com uma renca de ecléticas obviedades. Tem rock! Tem r'n'b! Tem baladas! Tem...reggae?! Tem… Jack Johnson?!?!? Tem... James Taylor?!?!??!?!?!? Tem Corcovado, de Tom Jobim, com letra em inglês, a qual o Paulo Ricardo só deve ter ouvido na abertura daquela novela da Globo. Agora, indispensável mesmo é o DVD, que se encerra com PR, suado, peito cabeludo arfante qual um Fábio Jr., sambando (sentado!) ao cantar Kiss, do Prince. Seu defeito, Paulo Ricardo, é não saber parar.
Admirável Chip Novo, Pitty (2003)
No meio do caminho entre a troglodice de Chorão e a alma sensível de Marcelo Camelo, há Pitty. A baiana é o mínimo denominador do rock brasileiro nos anos 2000, e isso não é um elogio. Montada em uma filosofia (sic) que reempacota todos os clichês possíveis de "atitude" rrrrrrroquenrrrrrrrrrrollllll - e uma suspeitíssima amizade com a mídia - Pitty tornou-se, para o mal e para o mal, a cara pública do rock nacional. E seu credo, seu Novo Testamento é Admirável Chip Novo. "Admirável" mesmo é como a jovem diz ser influenciada por Aldous Huxley (e escreve letras crivadas de lugares-comuns) e bandas como Mars Volta e Muse (mas faz o mais genérico dos rocks pseudo-pesados). O som entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas junto às letras e ao papo furado que ela deita nas entrevistas, tudo forma um conjunto constrangedor e até nocivo para a molecada. "Veja tudo como se não houvesse amanhã". "O homem é o lobo do homem". "Não deixe nada pra depois". "Quem não tem teto de vidro atire a primeira pedra". "Eu possuo muitas coisas e nada disso me possui". "O importante é ser você". Um tosco Lair Ribeiro para adolescentes revoltados, embalado nas doces facilidades do jabá e da MTV. Seu rock estéril e sua rebeldia sem objetivo só se "justificam", perversamente, pela total convicção com que vêm ao mundo. O mais grave é que ela realmente acredita naquilo que canta. Em resumo: "Rebellion (Lies)".

Os Invisíveis, Ultraje a Rigor (2002)
Maior desperdício de talento já registrado em acetato, e não é de Roger que estamos falando. Um dos melhores bateras dessa terra e um baixista carismático e de carreira considerável jogados numa tentativa de surf music clichê alternada com gracejos "irreverentes". Para resumir: há uma faixa boa, Miss Simpatia, mas essa foi assinada por Gabriel Thomaz - que por sinal começou a escrever muita bobagem depois. Seria a falta de criatividade de Roger contagiosa? O resto inclui aulas de como se fazer um não-ska (I'm Sorry), pop de retardado (Me Dá um Olá, que nem na trilha de Malhação emplacou) e pastiche da paródia de subcópia (Todo Mundo Gosta de Mim). Bacalhau (bateria) e Mingau (baixo) devem ser muito camaradas do Roger, pois nem a necessidade de pagar as contas justificaria eles se meterem numa embrulhada como essa, que acusa logo na primeira canção: "esse disco está uma merda / desculpe, mas tenho que sobreviver". Pelo menos, é uma obra sincera.

80, Biquíni Cavadão (2001)
Primeiro foi Paulo Ricardo, com o mediano Rock Popular Brasileiro em 1996. Depois tivemos, quase que simultaneamente, os ótimos Isso é Amor, do Ira!, O Barulho dos Inocentes, do Inocentes, e o fraquinho As 10 Mais, do Titãs, que ganhou destaque nas listas pessoais de piores do rock nacional. Porém, foi nessa onda de discos de covers que o Biquíni Cavadão resolveu enfiar as mãos nos anos 80 e sair de lá com 13 versões. O resultado é frustrante. O Biquíni pouco acerta em 80, cujo capa poderia até sugerir que eles são tão bons moços que ousam ultrapassar o limite de velocidade. Ao todo, a banda consegue descaracterizar boas canções como Toda Forma de Poder, dos Engenheiros do Hawaii, Juvenília, do RPM e Camila, Camila, do Nenhum de Nós. Chegam a incomodar em Quem Me Olha Só (um bluezaço deArnaldo Antunes e Frejat na versão original do Barão Vermelho) e Hoje do Camisa de Vênus. E nem mesmo a participação da Penélope Érika Martins salva a regravação da boa Educação Sentimental II, do Kid Abelha (aquela que no original "empresta" toda introdução de baixo de London Calling dos ingleses do Clash). Seja mantendo os arranjos originais, seja tentando novos arranjos, o resultado fica aquém do esperado. Das 13 faixas, apenas Armadilha, dos candangos da Finis Africae, convence. E não precisavam ter regravado Me Chama (até João Gilberto gravou). O ponto mais baixo acontece quando a banda decide jogar a voz de Renato Russo a frente na regravação de Múmias (do próprio Biquíni), tornando o resultado leviano. Não bastasse o artifício, o rap piegas de Suave, do grupo Jigaboo, no meio da canção, ainda diz: "Aproveitando nossa liberdade de expressão, Renato Russo, Suave e o Biquíni Cavadão". Pára tudo, pára tudo, pára tudo.

Puro Êxtase, Barão Vermelho (1997)
Barão Vermelho e modernidade nunca se deram bem. E isso não é algo totalmente reprovável, uma vez que a banda de Frejat e companhia sempre admitiu e chamou pra si um ar retrô intencional, calcando seu som na repetição de clichês melódicos do rock tradicional stoniano ou de qualquer outra banda dos 70's. Portanto foi um pequeno rebuliço quando anunciaram que gravariam um disco com influências de música eletrônica, o tal techno, que, de estilo musical dos 90, serviu para muita gente decadente ou sem criatividade se revestir de "muderno". Era simples, não precisava ser bom ou tocar qualquer coisa. O Barão chamou o DJ Memê, que dera um upgrade em Lulu Santos três anos antes. O resultado é caótico, pois o disco evidentemente não é techno. Apenas mais um disco do Barão Vermelho, só que sem as guitarras de Frejat e Fernando Magalhães, substituidas em sua maioria, por blips e toins sem sentido. O mais irritante do disco é justamente esse meio do caminho estético. Ele não cumpre o que promete - mudar a cara das músicas da banda - e não admite que deveria ter ficado no velho som de sempre. O mais estranho disso tudo é que o disco gerou dois grandes hits para a banda, talvez seus últimos, Puro Êxtase e a balada Por Você. Claro que a banda deixou de lado o formato deste disco e passou a executar as músicas em versões condizentes com sua velha fórmula, sem que o público notasse grandes diferenças. Enfim, Puro Êxtase, o disco, é um trabalho daqueles que toda banda se arrepende de ter feito e prefere desconversar sobre suas consequências. A maior delas, a idéia de Frejat gravar um disco solo e uma crise criativa que inseriu o Barão na desconfortável situação de banda que vive de passado. Não que não fosse já assim antes.

Equilíbrio Distante, Renato Russo (1995)
Em 1995, Renato Russo, tentando manter longe o baixo astral da AIDS, resolveu ir atrás das origens do seu lado Manfredini, e gravar um disco só com músicas italianas - um ano antes lançara The Stonewall Celebration Concert, em inglês, um tanto irregular, mas com algumas coisas boas. Para isso, foi até a Itália pesquisar composições para gravar. Voltou com um repertório pronto; só que de músicas românticas... como se um gringo resolvesse gravar música brasileira e escolhesse coisas de José Augusto e Fábio Jr. Os carros-chefes de Equilíbrio Distante, por exemplo, eram dois hits da breguíssima Laura Pausini (em voga por aqui na época): Strani Amori e La Solitudine. Todas as músicas do disco seguem a constrangedora linha "diabéticos, mantenham distância". Há também uma versão - em italiano - esquecível de Como Uma Onda, de Lulu Santos. Como não bastasse a pieguice das músicas, Equilíbrio Distante peca ainda pela presença do abjeto tecladista Carlos Trilha, arranjador medíocre, fã de sons "atmosféricos" e, pior, das cordas tocadas no teclado. Se for para colocar cordas, que seja com músicos de verdade, ora. Para nossa sorte, Renato recuperou a moral no ano seguinte, com o belíssimo A Tempestade ou o Livro dos Dias (e morreu pouco depois). Porém, Laura Pausini não pode, Laura Pausini não dá, mio amico.

Música Calma Para Pessoas Nervosas - Ira! (1993)
No ano de 93, o Ira! entrou numa espiral de brigas internas e fracasso contínuo, onde uma coisa levava a outra, e assim continuamente. Com os quatro integrantes de saco cheio e loucos para acabar com tudo, a banda lançou esse lastimável disco para cumprir um contrato, comprovando que o fim da burocracia é sempre o mesmo: merda. Sendo fã da banda e estando cheio de boa vontade, dá para livrar a cara da sub-Kinks Campos, Praias e Paixões. Com muita magnanimidade, dá para dizer que She Smiled Sweetly (cover dos Stones) é passável e que o riff de Arrastão não faria feio num disco do Golpe de Estado. Ou seja, isso é o mais do elogio que o disco permite. Guitarras no piloto automático, execuções frouxas, letras constrangedoras e coisas francamente patéticas como Fado De Minh'Alma e a versão musicada de um velho texto de Raul Seixas, Pai Nosso da Terra. Nem o encarte colaborou: não bastando a capa horrível, ainda trazia a inolvidável grafia "nenhuma vida descança (sic!) em paz/ O homem é esperto mas a morte é mais". Título da última faixa: U.T.I., provavelmente o único lugar onde encontrar alguém que ouça esse disco.

Titanomaquia, Titãs (1993)
A incursão dos Titãs pelo rock pesado, ensaiada em Tudo Ao Mesmo Tempo Agora (1991), ganhou tons definitivos quando a banda convidou Jack Endino, produtor de Bleach (Nirvana e sua herança nefasta...) para trabalhar em Titanomaquia (1993). Até hoje não deu para entender se o disco é uma piada proposital ou uma obra à frente do seu tempo. O que dizer de pérolas como Felizes São os Peixes (cuja letra consiste em "tanto faz/é igual/felizes são os peixes"), Nem Sempre Se Pode Ser Deus ("nem sempre se pode ser Deus/por isso que estou gritando"), e o hit Será Que é Isso Que eu Necessito ("Não sei o que você quer/nem do que você gosta/não sei qual é o problema/qual é o problema seu bosta")? Na parte musical, arremedos de Sepultura circa Beneath The Remains (Estados Alterados da Mente), um Soundgarden hardcore (Agonizando) e Alice In Chains (A Verdadeira Mary Poppins, com os auto-explicativos versos "eu sei que estou fedendo/eu sei que estou apodrecendo"). Só se salva a boa Hereditário - única cantada por Nando Reis, redimindo-se do "amor, eu quero te ver cagar" de Tudo Ao Mesmo Tempo Agora. Aliás, justiça seja feita: a produção de Jack Endino é excelente. Poucas vezes guitarras soaram tão potentes em um álbum nacional. Só que uma produção sozinha não salva um disco. O próprio Endino devia saber disso, já que - reza a lenda - ao ser convidado para produzir o disco seguinte da banda, Domingo, Jack respondeu que aceitaria. Desde que eles parassem com esse negócio de fazer rock pesado. A capa original é essa em destaque, embora na época o disco tenha sido vendido embalado em um saco plástico preto... de lixo.

Big Bang, Paralamas Do Sucesso (1989)
Este é o pior disco já feito pelos Paralamas, apesar de contar com duas boas músicas, Pólvora e Perplexo. E é seu pior disco por um motivo muito simples. Ele encerra um ciclo, inaugurado em Selvagem?, de 1986. Ali os PDS conseguiram uma alquimia poderosa entre o som enguitarrado, letras relevantes e uma pitada de Brasil Grande, aquela coisa de misturar o "que é nosso" com o "que vem de fora". Depois de um pequeno intervalo para tocar no Festival de Montreux de 1987 e gravar outro disco na mesma trilha tropical de Selvagem?, Bora Bora, de 1988, a fórmula esgotou. E foi Big Bang que levou a pior nessa seqüência. Ainda há ecos de axé music pelo disco, fruto da época em que coisas como a Lambada estavam na ordem do dia. Portanto, temos uma cover de Jubiabá, de Gerônimo, um dos expoentes da axé music inicial (se é que se pode falar isso). As próprias composições da banda caem num poço sem fim, exemplo de Nebolosa do Amor, Esqueça O Que Disseram Sobre O Amor e da insuportável Lanterna Dos Afogados, que se tornou o maior hit do disco. Todas com muitos metais caribenhos, como se você estivesse numa celebração torta de musica caliente e sem alma. Depois desse trabalho a banda se perderia mais ainda em Os Grãos (1991), disco em que abraçou a MPB dos anos 70, mas que serviu para zerar o caminho até então, abrindo as portas para uma bela retomada em Severino (1994). Este Big Bang, infelizmente, não passou de uma pequena bombinha de São João. Fraco, pouco inspirado, desorientado e vitimado por péssimas influências.

Você Não Precisa Entender, Capital Inicial (1988)
Após uma estréia cheia de hits clássicos (Música Urbana, Psicopata, Fátima) e um segundo álbum feito às pressas, mas que ainda rendeu um indiscutível sucesso (a excelente Independência), o Capital chegou ao terceiro disco completamente perdido. Afundados em drogas, a banda deixou o controle do álbum para Bozo Barreti, que havia produzido a estréia e sido incorporado à banda em Independência (1987). Com as mãos no volante, o tecladista enfia o álbum no primeiro poste que vê. Nem Marcelo Sussekind, que assina a produção, consegue salvar o Capital Inicial do fiasco. Você Não Precisa Entender é o pior disco do grupo, quiça, um dos piores do rock brasileiro. Esbanjando arranjos tecnofunk, o álbum só tem uns vinte segundos interessantes, em A Portas Fechadas quando, sob uma cama de teclados, Dinho canta: "Meu último desejo / Seu beijo / Seu beijo / Meu último desejo / À luz da lua / Testemunha de um amor / Que com o vento flutua / Sopra-nos a brisa / Lua nua". De resto, uma baladinha normal (Fogo), um funk de branco azedo com lema punk (Pedra na Mão) e muitas bobagens (Blecaute, Movimento, Limite). Não bastasse estragar o repertório original, a banda joga no lixo uma das melhores letras de Renato Russo: Ficção Científica permite que Russo viaje em citações malucas: "Hoje à noite / Flash Gordon / Vai tentar ser / Barbarella / Para ver se aprisiona / O Albert Einstein". No final, um perfeito retrato a lá Star Wars: "Revolução!! / em selvas tropicais / Raio laser mata índios / Descoberta o novo mundo envelheceu". É, não deu para entender mesmo.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Esse é o cara ! Rogério Batalha...( hi... rimou...)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Release

Rogério Batalha, poeta e letrista, natural de Miguel Couto e curtido na Penha e arredores, publicou seu primeiro livro em 1998, o independente "Malícia", com contracapa assinada por Waly Salomão. O poema que dá título à obra foi musicado pelo compositor Moacyr Luz, que se torna seu amigo e parceiro constante.Em 2000, sai o também independente "Bazar barato", com texto de contracapa assinado por Antonio Cícero. No mesmo ano, Rogério Batalha foi convidado para participar do recital poético de Waly Salomão "Esta noite se improvisa", desenvolvido nas Lonas Culturais João Bosco e Hermeto Pascoal, ao lado de Jorge Salomão, Afroreggae e outros.Em 2002, Rogério Batalha lançou mais um livro de poesia, "Melaço", prefaciado por Ricardo Oiticica.No ano seguinte, proferiu palestra sobre o livro "Melaço" na I Bienal do Livro da Cidade de Nova Iguaçu. Também em 2003, apresentou-se no projeto "Poesia simplesmente", realizado no teatro Gláucio Gil.No ano de 2004, juntamente com Alexandre Faria e Oswaldo Martins, participou de um debate sobre a poética de Ferreira Gullar, o qual esteve presente ao evento realizado na Lona Cultural Terra.Em 2005, participou de debate sobre poética e contemporaneidade realizado na Universidade Estácio de Sá (RJ), ao lado de Francisco Bosco, Luiz Fernando Medeiros de Carvalho e Oswaldo Martins. Nesse mesmo ano, lançou o livro "Anfíbio" (Armazém Digital), contendo poemas musicados por Moacyr Luz ("Malícia" e "Baluarte") e Paulinho Lêmos ("Aliás" e "Coração estopim"), as duas últimas registradas pelo parceiro no CD "Paulinho Lêmos" (New Mood Jazz, 2005).Em 2008, frequenta o Encontro de Compositores promovido pelo Centro de Referência da Música Carioca, onde canções suas são apresentadas por parceiros como os violonistas Rogério Lopes e Dú Basconça.No mesmo ano proferiu palestras na UFJF sobre a poética da canção popular brasileira, juntamente com Alexandre Faria e Oswaldo Martins, além de ter as musicas (“Bem cotado, “Cinzanta manhã” e “Caroço”) registras pelo parceiro Dú Basconça, no cd Ah Bangu.Em 2009, une-se a Moacyr Luz e à cantora e compositora Roberta Nistra, da nova geração do samba da Lapa, fazendo as letras para várias canções de temática afro-religiosa, que são gravadas com vistas a um cd.

Rogério Batalha é poeta. Desconhecido, vem editando seus livros quase que marginalmente. Madureira, Cascadura e Penha (mas não só) são os territórios por onde circula. Pertence, com mais propriedade diria que pertenceria, como quer certa inteligência nacional, a uma das metades da cidade partida. Tem lançados e postos em circulação dois livros: Melaço e Anfíbios. No primeiro, Batalha escreve um belo poema, marcado pelo impacto da chacina de Vigário Geral e pelo que tal chacina provocou, com o surgimento do movimento Afroreggae.
“Sagacidade é saber farejar delícias”. Emblemático e diferenciador, o verso, com que abre o poema, serve de mote para a constituição das diversas diferenças que anoto em sua escrita. Ao contrário do que propõe a partitiva inteligência, acerca da divisão da cidade, o que se verifica na poesia de Batalha se constrói a partir do amálgama das diversidades, de modo surpreendente.
Se a visão da cidade partida cinde a percepção do olhar sobre as manifestações culturais do espaço urbano; se, no além túnel, a arte recebe a chancela do popular; se a inteligência brasileira tem a necessidade de “gostar” de tal arte, muita coisa se perde e em várias sentidos. Deste logo, o rótulo arte popular, arte do subúrbio, arte das favelas esconde uma dignificação exatamente daquilo que não é popular e empurra o julgamento do popular para uma aceitação acrítica. É inaceitável que tal aceitação acrítica se transforme em moeda de troca, ou, com maior crueldade ainda, em uma estética própria, localista, como se um redivivo regionalismo (re) fundasse a arte como expressão sociológica, como arte de combate – ou coisa que o valha –, distanciada das questões estéticas. São diversos os livros e também as músicas que simplesmente se exaltam por esta expressão localista. Não tem sentido, por exemplo, exaltar toda e qualquer arte naïf por ser arte naïf. Há uma grande arte naïf e há também uma horrorosa arte naïf. Há os belos quadros de Nelson Sargento e há aqueles dos retratistas de rua. Não basta, portanto, pertencer ao conceito popular/naïf para que a manifestação artística se torne aceitável.
Batalha tem a vantagem de saber disto. Sua poesia, embora fortemente enraizada, busca outra percepção, outro diálogo. Não se aceita como representante estanque do localismo, nem do ferrolho – imposto pelos que “gostam” da arte popular – de uma poesia frágil, porém bacana. Senão, leia-se em Melaço:
Os cambaus, esse mundaréu é meu!
Perebento e muquirana é a mãe!
Eu não sou do seu naipe!
Eu tenho gogó mermão!
Anchova é o caralho!
Eu sou é enchova de dentes afiados!
Sutilezas. Cambaus – peça triangular que se põe no pescoço das cabras para evitar que pulem as cercas. Anchova/enchova – a cerca lingüística ultrapassada pela significação mínima ao nível da expressão. A relativa abertura da medial /ã/ reescrita pela nasalização entre dentes, realiza, com uma concisão de miniaturista, o que o poema anuncia no plano semântico – a quebra das fronteiras. E a ela acrescenta não só a auto-noemação, enchova, como também a rejeição à nomeação que, de fora, tentam lhe impor, anchova.
A partir desta dupla significação, o poeta mostra os dentes afiados, se acrescenta em força e qualidade e requer para si a vasta possibilidade da sagacidade:
Podre podre
Presidiário
Podre podre
Crucificado
Podre podre
Amortalhado
Podre podre
Desumanizado
Podre podre
Torturado
Podre podre
Entulhado
Podre podre
Desovado
E mesmo assim, Afroreggae.
Atentem para o “e mesmo assim”
Rogéio batalha é um amigo de infância...o cara era um tremendo revoltado quando era menor e todos na rua juravam que ali estava mais um candidato a marginal....mesmo assim , Rogério sempre mateve sua sanidade guardada em algum lugar desconhecido , guardada para ser usada em um momento mais propício. Por um tempo o cara foi selvagem , seco , rígido....mas o tempo é mestre das coisas...e como é.
Fiz letras de música com ele , já dividi o palco com ele em shows do Atormentando a Nação ( eu como baterista e ele como tecladista  ele era o ray Manzarek da banda ! ) Foram , momentos bons... muito bons.
Com 2 livros ( acho que são 2 ) lançados de poesia ,  uma carreira promissora de letrista e poeta , Rogério batalha não é apenas mais um nome em relação a outros... é o nome que se deve guardar para que quando realmente explodir , sentir o orgulho que hoje eu sinto. "Caraca... eu conheço ( ou ouvir falar ) esse cara.
é isso Bathalha...siga sempre em frente... e me orgulho de monte dizer que te conheço e que passamos coisas muito legais juntos...Boa sorte !

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Exercício pra saber seu preconceito....


Bom ... em primeiro lugar gostaria de justificar essa matéria....

Venho encontrando várias formas de musica... não sou preso ao rock... isso pra mim é uma estupidez.... venho olhando novas tendências... mas sou fã de rock... então o que eu escuto que  parece com isso acaba me agradando.... mesmo assim avalio um monte de coisas.... vocal , intrumental , tendências... um monte de coisas.... mas sou totalmente desprovido de preconceitos , escuto forró pagode ( bom... nem tanto...) , jazz, blues... qualquer coisa... como sei que muita gente do meu Blog Curte rock , tento aproximar as coisdas e tentar convencer que tem vida do lado de fora....tem coisa legal pra se ouvir fora do rock....

Bom... agora vamos para a matéria....

Gostaria que vocês que estão lendo isso fizesse um exercício... fechem os olhos e coloquem esse clip pra tocar....


imaginem essa musica na voz do Marcelo Camelo dos Los Hermanos....ou dos cara do Restart... ou do Hori ... ou do Forfun ou sei lá... dessas bandinhas...pois é... é isso que quero que entendam....isso cara... é Guilherme e Santiago , uma dupla sertaneja de longa estrada... os caras são cascudos a beça.... mas o som deles lembra muito o rock gostoso , com violões etc....os vocais são muito bem colocados , o isntrumental impecável....fico pensando....e com muita felicidade... o Rock ainda é base pra muita coisa.... esse é o tipo de musica que os Emos se escutarem, falam " CREDO... QUE PORCARIA..."  , mas é a cara do Restart....entendem? Por essas e outras que afirmo e luto sempre contra o preconceito musical....
Essa musica se chama " Tá se achando" , mas os caras tem muitas musicas com o mesmo estilo... pode parecer muito esquisito... mas vale a pena escutar o DVD...porque é bom , cara.... excelentes musicos , bons vocais... bem a moda sertaneja jovem.... é muito agradável....O DVD novo da banda é um fenômeno de vendas... é claro...porque o publico deles é enorme e recheado de mulheres doidas que gritam e se descabelam por causa deles...assim como o Restart ou o Hori... não tem diferença ... é disso que estou falando... se é pra falar de coisas assim , então vamos falar de tudo... boa produção , um excelente repertório.... mas com uma diferença... os caras dizem que são sertanejos.... roupas , formato , layout... tudo sertanejo... não mascaram nada .... é dificil você colocar isso na cabeça , imagino eu , mas coisas como Guilherme e Santiago , são muito mais honestas em suas propostas do que as bandinhas ou outras modinhas de rock ridiculas....pense nisso... dê uma chance para você mesmo pensar não sobre o estilo A ou B.. mas sobre propostas sinceras de musica....assim com ceteza , você será menos mala para os seua amigos , passará a olhar as coisas de forma diferente... e o melhor ... poderá dizer realmente.... " eu entendo bem de musica".


valeu pessoal....

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Banda Arkivo : A Nostalgia da Modernidade

A Banda Arkivo , tem surpreendido muita gente no cenário de banda independentes do RJ. A banda mistura sucessos dos anos 80 , época de ouro do Rock Brasil e mundial , com musicas próprias , mas tudo com uma pitada de modernidade do século 21. No repertório achamos  muita coisa legal , o pessoal é cascudo de Rock ....sabe fazer um bom repertório. não é um rock engraçadinho , com firulas ou mesmo com um estilo "moderninho". O fato de ter feito essa escolha , significa remar contra a maré ( isso sim é que é uma atitude rock ! ) , mas como são caras esperientes , sabem dos riscos e seguem em frente fazendo bons shows e divulgando assim seu bom trabalho.

Olhando informações sobre a banda , vemos que eles não param....fazem shows em vários lugare do rio , litoral , em qualquer região...o som lembra um pouco a atual fase dos Uns & Outros , mas só que um pouco mais melodioso... bem típico das bandas que tem como base os Incríveis anos 80.



A formação da nada é...

*GLÁUCIO RODRIGUES (BAIXO/VOCAL)

*MARCOS BELIZÁRIO(GUITARRA)

*RICARDO FARIAS(GUITARRA)

*ULISSES CARVALHO(BATERIA)


A banda tem a musica de trabalho dela : " Eu e Você " musica essa tem tem ótima melodia e letra. deixo aqui além do video de abertura , o video da musica , os contatos da banda , e como acessar fotos e mais detalhes ok? Vale a pena conferir ...logo , logo mandarei para vocês a agenda da banda , mais detalhes e até uma entrevista que estou procurando fazer com eles.... aguardem ok????
Enquanto isso... mandem suas opiniões , indicações de bandas e artistas , comentários e tudo o que quiserem... esse espaço é todo de vcs!!!!


"EU E VOCÊ"

"Quando encontrei o teu olhar eu percebi
Que esse Amor era pra sempre
é tão difícil explicar o que senti
pois quando é bom pensamos só no infinito.
e pensando no infinito eu me lembro de você
no teu calor,no teu carinho
que me dá tanto prazer
foi nesse instante que senti você perto de mim
foi aí que eu entendi,com você eu descobri que:

Pra sempre,é todo aquele Amor que une o mesmo sentimento ao coração
sem ter medo de se machucar.

Pra sempre,é esse Amor intenso levado pelo destino ao infinito
como o Arco-íris alcançar.

Eu e você,Eu e você,Eu e você...

Pra sempre,é todo aquele Amor que une o mesmo sentimento ao coração
em que a emoção é mais do que a razão.
Pra sempre,é buscar por esse Amor sorrindo,num só caminho pra seguir
ouvindo a voz do coração.

Eu e você,Eu e você,Eu e você..."

http://palcomp3.com/bandaarkivo



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O inferno mandou avisar...O Gangrena Gasosa voltou !!!!!

Preparem-se... eles estão de volta... e com 4 videos neste post para você poder ver...

Primeira e única banda de “Saravá Metal” do Brasil, a banda carioca Gangrena Gasosa faz uma mistura de metal com hardcore regado a pontos de macumba. Na estrada desde o início da década de 1990, utiliza elementos da cultura afro-brasileira na música e na aparência. Seus integrantes se apresentam vestidos com cartola de tranca rua, capa de exú caveira, filá de omulú e charuto de zé pilintra.

A proposta surgiu justamente na época em que o thrash metal estava no auge e as bandas tradicionais cultuavam demônios e figuras satânicas. Ao invés de seguir o modelo gringo, resolveu falar dos exús, pretos velhos, caboclos e pomba giras da macumba dos terreiros do Brasil. As correntes e cadeados foram trocados por guias de orixá.
A incrível musica "Centro do pica-pau Amarelo !


O primeiro disco, Welcome to Terreiro, foi lançado em vinil pelo selo Rock It!. Seis anos depois, saiu o segundo trabalho, já em CD, chamado Smells Like a Tenda Spírita, lançado pela Tamborete Records e apresentado, em maio de 2001, em tour de 28 shows pela Alemanha e Áustria. No dia 6/6/2006 foi lançado o EP 6/6/6, de forma totalmente independente, no “terreiro virtual” da Internet. Em 2010 a banda está lançando o novo CD, Se Deus é 10, Satanás é 666. O Gangrena Gasosa chega ao Porão do Rock como uma das vencedoras da  Seletiva Rio de Janeiro, realizada em maio passado, no Circo Voador.

Formação: Omulú e Zé Pelintra (vozes), Exu Caveira e Exu Capa Preta (guitarras), Exu Mirim (bateria), Exu Tranca Rua (baixo) e Pomba Gira (percussão).






Os caras são muito toscos...o som... maravilhoso e muito criativo....Tem coisas que não dá pra resistir....sucessos como "Eu não entendi Matrix" ( video ) , "Centro do Picapau Amarelo" , Matou a Galinha e foi ao cinema" "Terreiro de desmanche" (Video) são coisas inesquecíveis.... neste disco novo... destaque para "Quem Gosta de Iron maiden Também Gosta de KLB"...cara... essa é impagável...os caras pararam um tempo , mas agora estão com a corda toda....preparem-se... a Terra vai tremer.... O GANGRENA VOLTOU !!!!



  www.myspace.com/gangrenagasosa

AQUI ESTÁ A BIOGRAFIA DA BANDA GANGRENA GASOSA PARA QUE VOCÊS CONHEÇAM A BANDA !






BIOGRAFIA.
         No início dos anos 90 era o auge do Thrash Metal e as bandas estilo “Bay Area” (alguém lembra disso?) dominavam e influenciavam a cena. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, uma promessa solene era feita em meu nome diante do palco do Circo Voador. Dois amigos que assistiam ao show de lançamento do disco Brasil dos Ratos de Porão e disseram: - um dia teremos uma banda que vai abrir pro Ratos de Porão no Circo Voador.
         Foi assim que começou a maior banda de Saravá Metal do planeta: gangrena gasosa. A temática era única. Ao invés de cultuar meus primos Devils, Demons e Satans do satanismo from Hell, seria a vez dos manos Exús, Pretos Velhos, Caboclos, e Pomba Giras da macumba dos terreiros do Brasil. O visual tradicional também foi substituído por cartola de Tranca Rua, capa de Exú Caveira, filá de Omulú (uma peruca de palha ideal pro vocalista careca), charuto de Zé Pilintra e vestido vermelho de Pomba Gira. As correntes e cadeados foram trocados por guias de Orixá.
         Um ano depois no palco do Circo Voador, voaram litros de cachaça, farofa, fubá, cebola, velas pretas e vermelhas ao som de DESPACHO FROM HELL, PEGUE SANTO OR DIE!, EXÚ NOISE TERROR, SARAVÁ METAL, TROOPS OF OLODUM e outros pontos de macumba hardcore. Esse era o sonhado show de abertura da Gangrena Gasosa para os Ratos de Porão, a formação da banda então já era diferente, mas a profecia foi realizada!.

         O primeiro disco em vinil e Cd chamado “WELCOME TO TERREIRO” foi lançado pela gravadora Rock It! com 12 músicas. Com este cd a banda fez shows no lendário Garage da Rua Ceará, no Canecão, no Aeroanta em São Paulo, em Florianópolis e vários outros.

         6 anos depois, o segundo cd “SMELLS LIKE A TENDA SPÍRITA” foi lançado pela Tamborete Records, os pontos de macumba que eram sampleados nos shows, passaram a ser incorporados na música pela nova formação que também incluía percussão. Este foi o Cd apresentado em maio de 2001 na tour de 28 shows que a banda fez na Alemanha e na Áustria, além de outros shows no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba.

         O terceiro trabalho fechou – pelo menos por enquanto – a parte dos meninos no contrato. A gravação de 3 discos de 6 em 6 anos. Em 06 de junho de 2006, foi lançado pela internet o Ep comemorativo do meu aniversário: 6/6/6.

          O próximo álbum se chama “Se Deus é 10 Satanás é 666”. Com o lançamento a banda bota o pé na estrada no Brasil até a 2ª tour na Europa em 2011.









terça-feira, 28 de setembro de 2010

Filme de terroristas ...Brasileiro?

Thiago Lacerda é o Jack Bauer brasileiro em filme de ação repleto de erros



Segurança Nacional

Brasil , 2010 - 97 min.
Ação
Direção:
Roberto Carminati
Roteiro:
Roberto Carminati, Bruno Fantini, Daniel Ortiz,
Elenco:
Thiago Lacerda, Milton Gonçalves, Ângela Vieira, Gracindo Júnior, Ailton Graça, Viviane Victorette, Joaquin Cosio, Javier Robles, Márcio Rosário, Gilberto Torres, Sônia Lima, Tanah Correa, Cesar Cabrera
1 ovos
Segurança Nacional
Segurança Nacional
Segurança Nacional
Sejamos sinceros e diretos: por que você acha que um filme que foi rodado em 2006 só chega aos cinemas agora, 4 anos depois? Falta de bons contatos não é, pois teve apoio do Ministério da Defesa, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e até da Presidência da República. Tem efeitos especiais, usou aviões, iates e locações até em prédios oficiais do Governo Federal, então, falta de dinheiro também não deve ser. Desistiu? Eu digo o porquê: PORQUE É MUITO RUIM!

]O nome do projeto é Segurança Nacional (2010), o filme que tenta pegar carona (atrasado) no sucesso de Tropa de Elite produzindo um thriller de ação e coloca o Thiago Lacerda no papel do Jack Bauer brasileiro, com direito a presidente negro (Milton Gonçalves), armas de destruição em massa e terroristas.

Ok, não é uma premissa inovadora, mas esse não é o maior dos problemas.
Para começar, falta ao roteiro uma lógica, uma linha de continuidade básica que prenda a atenção do espectador. O vilão, o traficante colombiano (Joaquin Cosio), só encontra paralelos no mundo do entretenimento com o Coiote dos desenhos do Pápa Léguas. Todos os seus planos são facilmente desmontados pelo ágil e inteligente Agente Marcos "Bip Bip" Rocha (Thiago Lacerda), o que o deixa mal entre os outros traficantes e só aumenta a sua raiva. É dele a ideia de enviar uma bomba atômica para destruir o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), que custou 3 bilhões de reais dos cofres públicos e está destruindo a sua principal rota de entrada de drogas no país.

Poderia passar o resto do texto descrevendo incoerências do roteiro, como o presidente chegando em uma escola primária, cumprimentando as crianças e depois fazendo um discurso sobre terrorismo e como é o dever de todos eles zelar pelo bem do pais. Hein? As crianças devem pegar nas armas, então? E esse é só um dos exemplos. Tentar entender a lógica de algumas outras sequências é um trabalho que deveria ser entregue apenas a quem consegue completar aqueles livrinhos de Sudoku nível avançado.

Enfim, Segurança Nacional é uma sucessão de erros. Os atores declamam suas falas como se estivessem numa telenovela mexicana e não convencem. A música, sempre equivocadíssima, sobe (e muito!) sempre na hora errada, em alguns momentos até atrapalhando o clima que pretendia construir. O roteiro tem crateras maiores do que a floresta amazônica que eles querem proteger. As cenas de ação são lentas e a montagem não ajuda, tornando-as sem emoção alguma. E literalmente por último, naqueles textos que aparecem no fim do filme para dar a última contextualizada, está escrito "Braileiro" (sic). Tudo bem, todo mundo erra, mas não precisava repetir tanto, né?
Mas assim mesmo se você quiser ver o filme....aqui mesmo tem o trailer ....e sequiser sofrer mais ainda... aqui tem o link do filme para que você possa ver on line ok???? pense pelo lado bom da coisa.... tem momentos do filme que dá até pra rir....

http://www.filmesadvanced.com/seguranca-nacional