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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A primeira entrevista do Alterego! ANDREAS KISSER !!!!!!!

Para dar início à minha coluna mensal de entrevistas, tenho a honra de anunciar que nosso primeiro alvo foi Andreas Kisser, músico e compositor. Além de ser o guitarrista do Sepultura, iniciou há pouco sua carreira solo. A entrevista foi gentilmente cedida por e-mail. O Alteregoooo  agradece a disponibilidade do Andreas.
1. Acompanha o cenário musical brasileiro da atualidade? O que você teria a dizer a respeito?
Acho o cenário sempre muito diversificado e sempre tem alguma coisa nova acontecendo. Eu gosto muito da música instrumental brasileira, principalmente um grupo que conheci há pouco tempo, o “6 com casca“.
2. Você é um músico extremamente versátil, tendo tocado com Caetano Veloso, Chitãozinho e Xororó, Zé Ramalho, Nando Reis, Paralamas, Marina de la Riva etc. Como os fãs do Sepultura vêem essas participações especiais? Alguma ameaça xiita?
Não sei como eles vêem isto, cada um tem uma opinião, teria que perguntar a eles. Respeito a opinião de todos. Alguns apóiam, outros não, é normal. Não quero agradar todo mundo, mesmo porque isto não existe, mas estas experiências são fantásticas. Eu aprendo muito tocando com grandes mestres da música, independente do estilo.
3. De acordo com o myspace do Sepultura, vocês têm muito mais shows marcados na Europa que no Brasil. Existe algum motivo para isso?
No ano passado nós fizemos uma grande tour pelo Brasil junto com o Angra, ficou faltando algumas cidades que pretendemos fazer este ano. Quando vamos pra Europa, ficamos por dois meses tocando praticamente todos os dias. Aqui no Brasil só rola show de fim de semana, é outro circuito, as turnês são bem diferentes.
4. Você é tímido musicalmente? Para compor precisa estar sozinho ou prefere o clima de estúdio com outros músicos?
Sempre estou compondo, não importa onde. O que vale é a idéia, o resto é só o arranjo e o desenvolvimento do tema.
5. Você também é conhecido por criar projetos paralelos à banda, como por exemplo o “Brasil Rock Stars” e o “Andreas Kisser Embromation Society”. Para este ano, os fãs podem esperar alguma coisa do tipo?
Estou sem tempo para estes projetos mas eles estão vivos ainda. Eu curto muito isso, de voltar aos tempos de garagem e tocar os meus ídolos. É muito saudável. Espero que no segundo semestre eu tenha tempo de fazer algumas jams.
6. Por que você começou a sua carreira solo? Expandir horizontes, necessidade de expressar algo incompatível com a banda?
Eu sempre componho muito, principalmente no violão. Tive uma oferta da gravadora Mascot Records, da Holanda, e fiz o meu disco. Foi uma bela experiência.
7. Sobre seu disco, então, “Hubris” (que quer dizer “orgulho excessivo, violência gratuita”): por que esse título? Teria algo a ver com a mescla de ritmos que você faz?
Tem a ver com o espírito do ser humano, a arrogância de se sentir melhor do que tudo na natureza, de voar sem asas, de se achar um deus, no caso dos reis e papas, entre outros absurdos humanos.
Pergunta dos leitores:
8. “Existe alguma possibilidade dos novos lançamentos do Sepultura serem mais técnicos do que o que vem sido lançado?” (Dário Neves e Ambrósio Amélio)
Não sei o  que você quer dizer com “técnico”, mas sempre temos o nosso passado como influência na música que fazemos, sempre procuramos algo novo, sem copiar nós mesmos.
9. “Qual a possibilidade da banda lançar um documentário no estilo ‘comemorativo’, que nem o esquema da Cerveja dos 25 anos da banda? Será que você acharia uma boa fazer uma parceria com jovens produtores, universitários, para produzir tal documentário?” (Thiago Hanneman)
Sim, com certeza. O meu primeiro clip solo foi feito por estudantes da faculdade Metodista em São Bernardo, SP, e ficou um trabalho excepcional.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=VrZ9oyxf7Lg]
Temos muito material para um filme, é um plano que estamos preparando há algum tempo, vamos continuar filmando os shows que acontecerão este ano.
10. Como o nosso site engloba outras áreas da cultura, pedimos que você liste três obras que te marcaram bastante.
Cinema: “Laranja mecânica” (Kubrick), “Guerra nas estrelas” (George Lucas) e qualquer filme do Woody Allen
Música: “A night at the opera” (Queen), “Ride the lightning” (Metallica) e ”Black Sabbath” (Black Sabbath)
Literatura: “Tratado teológico-político” (Spinoza), “O príncipe” (Maquiavel) e “Einstein: a life” (Denis Brian)
11. Para terminar, é padrão do Artilharia perguntar ao entrevistado uma coisa que ele gostaria de dar um headshot, um tapa na orelha (tiro certeiro); e outra que para a qual ele bate palma (medalha de honra). Pode ser uma pessoa ou algo subjetivo, tanto faz.
Tiro certeiro: Não acho que a violência resolva nada, não tenho vontade de atacar ninguém nem nada em específico. Políticos são todos iguais no mundo, educação é uma piada e as gravadoras estão falindo, pagando pela própria ganância e arrogância.
Medalha de honra: Para a consciência ecológica que estamos tendo neste novo milênio, espero que não seja tarde demais.
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Links bacanas pra sintonizar com o Andreas: Fã clube, Myspace, YouTube, Twitter.

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